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Guitarrista Jorge Terror lança primeiro álbum solo

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Depois de acompanhar outros artistas e dar aulas de música, Jorge Terror lança seu primeiro álbum (Foto: Jordan Pereira/Divulgação)

O músico Jorge Terror lança nesta sexta-feira (28), nas principais plataformas de streaming musical, seu primeiro álbum. Realizado de forma independente, “Mind’s eyes” chega com seis músicas instrumentais, apesar de o guitarrista também compor músicas com letras em inglês. O trabalho começou a ser gravado entre junho e dezembro de 2019 no Estúdio Sonidus, com produção de Maurício Ávila. A mixagem, porém, só foi feita em 2021, pois todo o processo foi interrompido por causa da pandemia. Além de Terror, o álbum teve as participações de Flávio Torga (baixo), Bráulio Mayrink (bateria), Hugo Moutinho (bateria) e Pablo Garcia (teclado).
Apesar da sua ligação com a música passar por décadas, até agora Jorge Terror só havia gravado um álbum de música clássica com o Quarteto Ária, além da participação em trabalhos de outros artistas. “Eu sempre gostei de compor, tenho muita coisa guardada no computador, e sempre acreditei no meu trabalho. Mas sempre tive outros compromissos, como a escola de música, viajar para tocar com outros artistas como músico de apoio, então não tinha como dar prioridade à minha carreira, porque você tem que trabalhar as composições, investir muito. Mas agora quero fazer algo meu, e para isso tive ajuda de muitas pessoas. O Sérgio Leite, que participou da produção, e o Pablo Garcia me deram muita força, assim como o João Pedro Mendes, que fez a capa e me incentivou a colocar o primeiro single do álbum, ‘Disappear’, nas plataformas de streaming no ano passado.”
Com o lançamento do primeiro álbum, Jorge Terror não quer parar no trabalho de estreia. “Meu segundo disco será o ‘Go straight ahead’. Já comecei as gravações e será um álbum com uma maior variedade de repertório, com quatro músicas com vocais em inglês, outras instrumentais e também um choro, chamado ‘Meu choro’, que planejo lançar em single entre março e abril”, adianta.

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Melodias roqueiras

Sobre as composições que entraram em “Mind’s eyes”, Jorge Terror explica que se trata de um trabalho instrumental que tem foco na linha melódica. “Geralmente, as pessoas pensam em álbum instrumental como algo que tem uma liberdade musical maior, muito improviso, mas, no caso, eu busco a linha melódica do rock”, explica. “Eu tento cantar por meio do meu instrumento, fazer das melodias as mais repetitivas possível, para a pessoa não tirar o foco delas: são duas estrofes, refrão, como se fosse uma música popular. Tento ser o mais dinâmico possível para chamar a atenção de quem ouvir o álbum.”
As músicas são sobre momentos da vida de Jorge, ele confessa. “‘You are the woman of my life’ é sobre minha esposa”, entrega. “Passei por um período em que me dediquei mais à música clássica, ao violão, e deixei de compor, só estudava. Mas com o estresse do dia a dia fui para uma praia e logo depois voltei a compor. Foi de onde veio ‘After the beach.'”

Conquistado pelos Beatles

Sobre a sua ligação com a música, Jorge Terror conta que vem de uma família de músicos ligados à MPB, mas a paixão musical veio quando ouviu os Beatles pela primeira vez. “A primeira música que aprendi foi ‘My sweet lord’, do George Harrison. Aprendi dois acordes e foi o suficiente para ver que era o que queria para minha vida.”
Os primeiros acordes seguiram com os Beatles, quando chegava a tocar dez horas por dia, mas um certo guitarrista abriu ainda mais os olhos do futuro músico. “Na sequência veio o Eddie Van Halen, e por causa dele passei a me aprimorar tecnicamente. Fui me interessar por música clássica, estudar violão e partitura. Cheguei a estudar música na UFRJ, mas vi que música não se aprendia na faculdade”, relembra.
“Eu gostava muito de improvisar, e isso gerava preconceito entre professores e alunos. Fiquei triste com isso e resolvi deixar a faculdade, pois queria algo mais lúdico, então virei professor de música – o que ajudou a aprimorar minha técnica – e tocar acompanhando outros artistas. Mas parece que isso mudou. Meus alunos que estudam música na universidade comentam que não é mais como antigamente.”

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