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Juliana Stanzani e Roger Resende lançam “Canção da despedida”

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Juliana Stanzani e Roger Resende têm uma história juntos, que rendeu um álbum, “Nossa toada”, que será lançado em novembro, com recursos da Lei Municipal Murilo Mendes de Incentivo à Cultura. Antes, porém, para dar uma prévia do trabalho, a dupla lança nesta sexta-feira (25) nas plataformas digitais o single “Canção da despedida”, que teve participação do também cantor e compositor Emmerson Nogueira. Um segundo single, “Samba pra morrer”, será o aperitivo a ser lançado em outubro.

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Juliana explica que “Nossa toada” é resultado do relacionamento que ela e Roger tiveram por cerca de um ano, após se conhecerem em 2011, quando passaram a compor a quatro mãos mesmo depois do término – afinal, como ela afirma, a amizade permaneceu a ponto de cantar em um dos projetos dele. “Mantivemos o contato profissional, continuamos grandes amigos e decidimos gravar essas músicas.

Apesar de lançado apenas em 2020, o álbum foi gravado em 2015, no estúdio Versão Acústica, de Emmerson Nogueira, em São João Nepomuceno, e em outro estúdio no Rio de Janeiro, em poucas sessões e com formação enxuta, a maioria das canções no esquema voz e violão e sopro ou piano.

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Quanto ao single, Juliana Stanzani explica que ela é uma homenagem ao violonista e compositor Pulinho Cri-Cri, já falecido, que ela conheceu por meio de Roger e que também tinha entre seus amigos e admiradores o próprio Emmerson Nogueira. “O Emmerson era muito amigo do Cri, gravou o único álbum dele e também interpretou algumas das músicas do Paulinho em seus discos. Ele é amigo do Roger também, e durante as gravações estava sempre no estúdio. Aí, no dia que fomos gravar ‘Canção da despedida’, surgiu o convite na hora, em homenagem ao Cri, e ele topou participar”, conta, explicando ainda a origem da canção.

“Ele morreu cerca de um ano depois que o conheci, quando eu e o Roger ainda estávamos juntos. A música veio pouco depois da morte dele, quando estava em casa ouvindo algumas coisas, veio uma saudade do Cri e então surgiu a letra, com referência à obra dele, que tinha letras que falavam sobre o espaço sideral, vida em outros planetas, mas sem parecer maluco. Vários trechos da letra são referências a nomes de músicas dele e imagens que ele criava.”

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Mágica

Depois de escrever a letra, Juliana mandou o material para Roger, que rapidamente criou a melodia. “Ele fez na mesma hora. E na mesma época entrei em alguma rede social e apareceu uma foto do Cri em uma postagem do Salim Lamha, que também era amigo dele, lembrando que seria aniversário dele naquele dia. Tudo isso aconteceu dessa forma mágica.”

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“O Paulinho era um grande compositor, que influenciou o Dudu Lima, sacava muito de harmonia”, prossegue. “O próprio Emmerson vivia próximo dele. Foi uma paixão à primeira vista; ele era uma criatura adorável, mas extremamente mal-humorado, tinha um humor muito ácido. Porém ele era, ao mesmo tempo, adorável e carinhoso, compunha músicas maravilhosas. Foi uma interseção de gerações, pois eu era bem mais nova e era um deslumbre estar no meio dessa galera. E o Cri morreu logo depois que o conheci, de forma trágica: depois de receber um prêmio em um festival, desceu do palco e teve um infarto fulminante.”

O primeiro single do projeto de Juliana e Roger ganhou enfim sua versão em estúdio, mas já é conhecida por ter vencido o prêmio de melhor canção na edição 2019 do Festival Canta São João.

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