Eventos da Mostra da Diversidade acontecem em Juiz de Fora, pela primeira vez, a partir desta sexta-feira (27). O evento, que reúne mais de 25 grupos de artistas e conta com cerca de 300 pessoas envolvidas, acontece de forma gratuita e é aberto ao público em diferentes pontos da cidade. O objetivo da mostra é trazer diversas modalidades de arte feitas por artistas locais, contemplando todos os gostos e diferentes tipos de apresentações. A mostra prossegue até março com atividades de contrapartida de formação e transmissão de saberes realizadas em escolas, instituições filantrópicas e espaços públicos e comunitário de Juiz de Fora.
A “Mostra da Diversidade Cultural: imagens da cultura popular” é um projeto iniciado em 2008 pelo Favela é Isso Aí e que desde 2016 integra o Programa Forma e Transforma da Fundação ArcelorMittal. De acordo com Clarice Libânio, coordenadora da mostra, o evento foi pensado desde o para trazer diferentes expressões artísticas. “Temos teatro, contação de histórias para crianças, circo, música, capoeira, hip-hop, samba, dança, intervenção urbana, fotografia e artes plásticas”, conta. Entre as ações estão o projeto Trava Ball, da Ballroom Kunt JF, que participa da Marcha Trans, no Dia da Visibilidade Trans. Ao final da mostra, também vai ser feito a 85ª Sereia da Mata, intervenção de grafite feita pela artista multidisciplinar Renaya Dorea.
A coordenadora explica que o diferencial de um evento como esse é conseguir valorizar os artistas locais e agitar a cena cultural com apresentações que ocorram de forma espaçadas. “Muitas vezes, vemos eventos que sempre trazem artistas de fora, e a ideia da mostra é justamente premiar, reconhecer e valorizar e apoiar o artista local, o artista juiz-forano”, explica. É a primeira vez que a mostra passa por Juiz de Fora, mas já é realizada desde 2008 em outras cidades do Brasil. “Queremos mostrar a qualidade, a riqueza e a diversidade da arte e da cultura produzidas no município”, afirma.
As atrações foram selecionadas a partir de um edital, em que mais de 100 grupos se inscreveram. Para selecionar, Clarice explica que a organização da mostra considerou a variedade de linguagens, para que de fato fosse um evento plural, ofertando diversidade ao público. “Não queríamos que tivesse só música, por exemplo, ou só um tipo de música”, explica. O segundo critério utilizado para seleção foi de centralização territorial, buscando contemplar e apoiar grupos que estão em vários locais da cidade. Por fim, ela explica que também levaram em conta a proposta que os participantes fizeram, considerando a ação final e a contrapartida oferecida.
Esta edição pode abrir portas para que o evento ocorra novamente. De acordo com a gerente de investimento social da Fundação ArcelorMittal, Adriana do Carmo, a riqueza da cultura juiz-forana está explícita na diversidade do conteúdo da programação e na quantidade de inscritos. Para ela, “essa é apenas a primeira edição de muitas, fruto de uma parceria entre a empresa, o Governo estadual, a Prefeitura, representada pela Funalfa, e a ONG Favela é Isso Aí, o que mostra uma convergência de ideias e esforços em prol do fomento e do fortalecimento da cultura local”. Os eventos acontecem até o mês de março, mas a programação foi confirmada até fevereiro. Demais apresentações serão divulgadas ao longo do próximo mês.
Confira a programação
Sexta-feira (27)
Local: Calçadão da Rua Halfeld
12h (meio-dia) – Fragmento Vermelho – performance de dança
Sexta-feira (27)
Local: Centro de Artes e Esportes Unificados (Praça CEU)
17h – Quando o Carnaval voltar – exposição fotográfica
18h30 – Grupo Juiz de Fora em Serenata – apresentação musical
19h30 – Violas e histórias – música e causos
20h30 – O Peso da Pele – show Alessandra Crispin
Sábado (28)
Local: Centro de Artes e Esportes Unificados (Praça CEU)
09h30 – Aulão de samba de gafieira
10h – Pedepoesia – poesia, teatro e música
11h – O Grande Cirquinho – cortejo e espetáculo
13h – Flora Brasilis – apresentação musical
14h – Filhos do Arco-Íris – intervenção cênica
15h – Mulheres do Samba de JF – roda de samba
16h30 – Zumzumzum convida Vinil é Arte – discotecagem e apresentação musical
Domingo (29)
Local: Centro de Artes e Esportes Unificados (Praça CEU)
10h – Mulheres de Bambas – roda e jogo de capoeira
11h – Grupo Afrolata Expressões – show
12h – Afoxé Filhos de Oyá – música e dança
13h – Bloco Afro Muvuka – show
14h – Confraria dos Poetas – roda de poesia
16h – Batalha Diversa – improvisos Hip Hop
17h – Café com Hip Hop – batalhas, graffiti e DJ
Domingo (29)
Local: Marcha Trans – Praça da Estação
14h – Trava Ball – baile, apresentações e batalha de performance
Dia 04 de fevereiro
Local: Praça Padre Geraldo Pelzers – Santa Luzia
16h – Associação de Capoeira Corpo e Alma – ação coletiva com capoeiristas
Dia 05 de fevereiro
Local: Viaduto Hélio Fádel
13h – Espaço Hip Hop – batalhas, Graffiti, Rap e DJ, shows e cypher
16h – O Beco é a saída – exposição fotográfica
17h – Sereias da Mata – intervenção de Graffiti
Sábado (10)
Local: Associação de Moradores do Bairro Monte Verde
09h – Workshop ritmos musicais