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‘Ad Astra – Rumo às estrelas’ traz nova reflexão no espaço

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Não há universo em que caiba a dor do astronauta Roy McBride (Brad Pitt), protagonista do novo longa do diretor James Gray (Foto: Divulgação)

A ficção científica não se resume a duelos de sabre de luz, naves trocando tiros ou megalópoles poluídas com ciborgues. É a partir dela que muitas vezes é possível contar histórias que dizem respeito aos nossos pequenos dramas, o que nos faz humanos, reflexões filosóficas sobre perguntas que fazemos diariamente, mesmo sem perceber. Naves em velocidade de dobra, tecnologias de sonho, viagens pelo tempo e espaço, a exploração de novos mundos, visitantes de outro mundo vistas em filmes como “2001”, “Lunar”, “A chegada”, “Interestelar”, “Star Trek”, “Gravidade”, “Solaris”, estão ali para ajudar o público a – quem sabe – entender um pouco mais sobre si e, por que não?, o mundo em que vivemos. “Ad Astra – Rumo às estrelas”, estreia nesta quinta-feira (26) com o objetivo de entrar para essa lista.

A produção dirigida por James Gray parte de uma ideia do próprio cineasta, que a partir de uma frase lida na parede de uma galeria pensou no quanto a vastidão do universo pode se tornar ínfima diante de nossas questões pessoais. Daí que a ficção científica, sempre ela, era o gênero ideal para trabalhar essa proposta, e Gray recrutou para o elenco nomes tarimbados como Brad Pitt, Tommy Lee Jones, Ruth Negga (“Loving: Uma história de amor” e da série “Preacher”), Donald Sutherland, entre outros.

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A história se passa em um futuro em que a Terra ampliou seus limites no espaço sideral. Além de a Lua ter se transformado em uma versão em menor escala do nosso planeta – incluindo o que ele tem de pior -, a humanidade já chegou a Marte e foi bem mais além. No caso, até Netuno, para onde uma missão foi enviada sob o comando do astronauta H. Clifford McBride (Jones) a fim de investigar a possibilidade de existência de vida alienígena. Dezesseis anos depois de sua partida, porém, a missão parou de enviar sinais, e todos foram declarados mortos.

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Ainda mais para frente nesse futuro, a Terra passa a ser atingida por descargas eletromagnéticas oriundas justamente de Netuno, e que colocam todas as formas de vida terrestres em risco. É nesse contexto que o filho de McBride, o também astronauta Roy (Pitt), é convocado para uma nova missão ao mais distante planeta do Sistema Solar. Seus superiores revelam a ele a suspeita de que seu pai ainda esteja vivo, e que por algum motivo desconhecido ele é o responsável pelas descargas que podem provocar a extinção da humanidade. Sob muitos aspectos, a produção é considerada um encontro improvável entre o “2001” de Stanley Kubrick com o “Apocalypse now” de Francis Ford Coppola.

“Ad Astra – Rumo às estrelas” não é mais um longa sci-fi sobre uma missão pelo espaço, preocupada apenas com imagens impressionantes de foguetes e da vastidão do nosso Sistema Solar – apesar da preocupação de ser o mais plausível possível ao retratar essas situações. É o encontro de um homem com o seu passado, com a possibilidade de reencontrar o pai forçosamente ausente, sempre tido como um herói, e que de repente, não mais que de repente, pode se revelar uma farsa. É no universo infinito que dramas familiares podem se tornar maiores que algo além da nossa compreensão.

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Ad Astra – Rumo às estrelas
UCI 2 (leg): 14h, 16h45 (todos os dias), 19h30, 22h10 (exceto qua). Cinemais Jardim Norte 6 (dub): 13h40 (sab, dom), 16h10, 18h40 (todos os dias). Cinemais Jardim Norte 6 (leg): 21h10.
Classificação: 14 anos

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