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‘Todo mundo pensa sobre a solidão’

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(Foto: reprodução do youtube)

“Todo mundo, uma vez na vida, pensa sobre a solidão”, diz Bruno Nogueira Leonardo, de 19 anos, aluno do 2º período do Bacharelado Interdisciplinar em Artes e Design (IAD) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Diretor do curta-metragem “Lonely”, o estudante teve a produção selecionada para sete festivais, sendo seis internacionais. Entre os destaques está a conquista do terceiro lugar como “curta-metragem experimental do mês” no festival 12MFF, na Noruega, ao lado de produções da Índia e de Bangladesh. A produção também obteve vaga como finalista no Festival Industryboost, dos Estados Unidos. O filme conta a história de Jane, que tenta se livrar de seu maior e insistente pesadelo: a vida solitária, aprisionada em sua mente, após a morte de seus pais em um acidente de trem.

(Foto: Arquivo pessoal)

Natural de São Paulo (SP), Bruno mora em Juiz de Fora há quase um ano para cursar a faculdade. E foi da capital paulista que surgiu a ideia do roteiro de “Lonely”. “Eu sempre tinha uma visão a respeito de uma garota, que no futuro se transformaria na personagem de uma história. Essa garota tinha uma relação com um ambiente degradado de seu passado, uma estação de trem abandonada e em ruínas”, conta o estudante. O curta foi gravado em Campinas, em janeiro de 2015, e a captura de imagens foi feita por uma câmera que Bruno ganhou de seu pai. A produção não teve qualquer tipo de apoio financeiro. A filmagem foi feita em apenas um semana e finalizada em março do mesmo ano. A trilha sonora de “Lonely”, triste e dramática, foi composta pelo músico canadense Ross Bugden, que Bruno conheceu pelo You Tube.

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Bruno afirma que as aulas do professor Christian Pelegrini, no IAD da UFJF, o ajudaram a desenvolver o trabalho. “Foram matérias que contribuíram muito para minha formação nesse semestre, principalmente por poder aprofundar mais na história do audiovisual mundial, pegar diferentes influências estilísticas e começar a voltar tudo isso para o meu próprio trabalho, para que eu possa formular análises críticas mais completas de onde posso melhorar, me ajustar”, diz.

O professor retribui os elogios: “Além do talento que nós vemos nos filmes, Bruno tem a perspicácia de abordar questões humanas muito fundamentais. Isso torna seus filmes universais. Aquilo de que ele fala é pertinente aqui ou em qualquer lugar; hoje ou em qualquer tempo”, diz Christian.

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A prima de Bruno, Beatriz Leo, foi quem interpretou Jane, personagem principal do curta. “A experiência foi ótima! Eu tenho bastante proximidade com meu primo. Por isso, sempre apoio suas ideias e procuro ajudar a colocá-las em prática. Eu me interesso bastante por cinema, conversamos sempre sobre isso, por isso me senti lisonjeada em participar do projeto”. A estudante de Engenharia Ambiental na Unesp, de 18 anos, também comenta sobre a atuação e a relação de Jane com sua vida pessoal. “Eu acredito que tenho muito em comum com a personagem, em âmbito de introspecção. A situação que a personagem se encontrava fez com que ela quisesse se privar do mundo real, algo muito difícil e intenso; nunca passei por algo tão complicado, mas, como ela, tenho essa mania de ter que enfrentar momentos difíceis com meu próprio interior”.

Os primos agora se preparam para participar da Convenção da IndieWise, que acontecerá em agosto deste ano, em Miami, nos Estados Unidos. De acordo com o diretor de “Lonely”, o intuito é que eles consigam apoio para viajar e poder estar no evento. “Queremos levar a história de Jane para o mundo”, diz Bruno.

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Conquistas

O curta-metragem “Lonely” foi selecionado em sete festivais, sendo um no Brasil e os outros em países como Estados Unidos, Noruega e Reino Unido. “A primeira vez que recebi a notícia da seleção para um festival foi chocante. Ao longo dos resultados, vi que tinha dado certo”, afirma Bruno. Mas além desses êxitos, o estudante conquistou por quatro anos consecutivos, desde 2014, o primeiro lugar do Festival de Vídeo do Sistema de Ensino Poliedro .

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Novo roteiro

E vem mais novidade por aí. Bruno Nogueira está há cerca de sete meses escrevendo um novo roteiro. A nova produção terá uma mistura de drama, ficção científica e debate sobre o racismo. O diretor pretende conseguir apoio para a produção deste projeto.

 

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