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Romantismo que ultrapassa gerações

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Em ‘Todo amor do mundo’, Roupa Nova canta os sonhos e as decepções de um menino que quer ser um rock star e passa por inúmeras adversidades até conquistar seu sonho (Foto: Divulgação)

Em atividade desde 1980, o Roupa Nova é o tipo de grupo que sempre estará presente na memória auditiva das gerações. Cantando o amor desde a sua origem, o sexteto era presença constante nas rádios, programas de TV e novelas, sendo recordista de canções nas trilhas sonoras dos folhetins, começando por “Canção de verão”, em “As três Marias”, até “Maria, Maria”, em “Os caminhos do coração”, deixando sua marca ainda em “Roque Santeiro”, Guerra dos sexos”, “Que rei sou eu?” e “Jogo da vida”, entre tantas outras. O resultado são 20 milhões de discos vendidos numa carreira que reúne 37 álbuns e shows por todo o país – incluindo Juiz de Fora, onde a banda se apresenta neste sábado, às 22h, no Terrazzo.

A apresentação faz parte da turnê do mais recente trabalho da banda, “Todo amor do mundo”, que mescla canções do álbum com alguns dos hits do Roupa Nova, como “Linda demais”, “Coração pirata”, “Dona”, e “Whisky a go-go”, entre tantos outros. O projeto, lançado em 2015, partiu de uma ideia do baixista e vocalista Nando, que criou o roteiro para uma história “biográfica/conceitual”, em que as músicas são entremeadas por narrações dos músicos. “O álbum conta a história de cada um de nós através de um único personagem. Começa através de uma briga entre os seis no estúdio. ‘Todo amor do mundo’ traz os sonhos e as decepções de um menino que quer ser um rock star, que passa por inúmeras adversidades até conquistar o seu sonho. Esse menino é um pouco de cada um dos seis integrantes e conta um pouco da nossa trajetória. O resultado ficou maravilhoso, estamos muito felizes”, comemora Nando.

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Para marcar os 35 anos de carreira do Roupa Nova, “Todo amor do mundo” foi pensado como algo maior. “Queríamos mostrar algo novo, inédito, para um público que talvez não nos conhecesse, mostrar nossa música além de todos os sucessos que já temos”, explica. Por conta disso, o fã pode adquirir um kit completo com livro ilustrativo, dois CDs e um DVD. “E quem quiser pode comprar a Kombi também, que é um rádio. Foi tudo pensado e feito com muito carinho”, emenda Nando.

Nessa história, o jovem representa seis músicos que sonhavam se tornar rock stars, daqueles que ouviam seus ídolos e ansiavam por poder, quem sabe um dia, estar no mesmo lugar que eles. Para Nando, trata-se de um sonho que se tornou realidade. “Todos nós nos sentimos muito realizados em poder ter chegado onde a gente queria. Na verdade, ultrapassamos os nossos sonhos e ‘criamos’ novos sonhos também. A gente vive sempre sonhando, buscando cada vez mais realização e perfeição naquilo que fazemos. Música é o que amamos, então é fácil viver dela”, afirma, comentando ainda a situação de ser, hoje, exemplo para tantos que buscam seu lugar ao sol. “É algo que não dá para descrever. Somos gratos a Deus por cada oportunidade dada e por todas as conquistas, que nos permitiu ser hoje uma referência para tantas outras pessoas.”

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Nas trilhas das novelas

Uma das provas do sucesso e longevidade da banda é a presença nas trilhas sonoras de novela, principalmente numa época em que marcar presença nos folhetins ajudava a alavancar a presença nas rádios e a venda dos discos, do vinil ao compact disc. Para o baixista e vocalista, participar das trilhas sonoras ajudou a consolidar o Roupa Nova entre o público e trazia uma emoção toda especial. “Lembro como se fosse hoje a primeira vez que nossa música tocou em uma novela. Antigamente ter uma música na trilha sonora era mais valorizado, tinha um peso maior. Música mexe com a imaginação e o sentimento das pessoas. Na época, nos deu muita visibilidade.”

Segundo Nando, o Roupa Nova é uma banda veterana que não tem um público congelado apenas no passado. Ele conta de uma pesquisa recente feita pelo grupo nos shows para identificar seu público, que – para surpresa deles – indicou que três quartos da audiência eram representados por pessoas de até 30 anos de idade. O que reforça o fôlego do sexteto para continuar a mostrar suas canções românticas mesmo em uma realidade tão agressiva como a atual, em especial no mundo virtual e suas redes sociais cheias de fúria e antagonismos. “Temos fôlego de sobra para continuar cantando o amor. Não podemos em hipótese alguma desacreditar dele e de que existe um Deus que nos guia e nos protege. Estamos sim em um momento em que, infelizmente, temos visto muita violência, mas o amor sempre vence, não é assim em todas as histórias? Vamos continuar espalhando o amor por onde a gente passa, e por muito tempo ainda.”

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Roupa Nova
Neste sábado, a partir das 22h, no Terrazzo (Avenida Deusdedit Salgado 5.050)

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