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Eric Aglio Silveira lança seu primeiro livro, escrito quando tinha cinco anos

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Inspirado pelo livro usado pela professora em sala de aula, Eric Aglio Silveira escreveu sua primeira história (Foto: Divulgação)

O pequeno Eric Aglio Silveira leva uma vida igual à de todas as crianças de sua idade, com a exceção de que escreveu seu primeiro livro com apenas 5 anos de idade. “Rodolfo e as aventuras mágicas”, que teve lançamento virtual no último dia 4, marca a estreia literária do jovem que completou 6 anos no mês passado.

Segundo os pais de Eric, Elisângela e Ednei, a ligação do filho com a literatura vem desde os 2 anos, quando começaram a ler livros infantis para ele, aproveitando a própria paixão do casal pelas letras. O livro, porém, veio por obra do acaso e sem pretensões: tudo começou quando uma professora de Eric fez uma contação de história baseada no livro infantil “O caracol viajante”, de Sônia Junqueira. Ele gostou tanto do livro que os pais tiveram que comprar um exemplar, e a partir daí ele passou a criar seu próprio universo baseado nos personagens da publicação.

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“A história foi criada por ele no início do ano. Nós estávamos no quarto dele brincando quando surgiram os caracóis feitos de massinha, pois o Eric decidiu fazer uma continuação da história do caracol”, conta Elisângela. “Eu contei para a professora e resolvi passar para o papel as frases que ele criou, pensando apenas em algo para mostrar na escola e que ela não se perdesse. Mas o Ednei pensou mais à frente, fez as ilustrações, uma primeira impressão simples, e viu que dali poderia sair um livro.”

Com formação técnica em informática, Ednei afirma que a parte de diagramação não foi um bicho de sete cabeças; o mais complicado foi seguir todos os passos para que a brincadeira ganhasse ares de coisa profissional. “Essa parte de processo foi tranquila, o mais difícil foi saber como fazer o registro do livro. Mas encontrei um artigo explicando o processo e aí fiz o registro, cuidei da parte dos direitos autorais, pedi a uma amiga para fazer a ficha catalográfica. Outro desafio foi a impressão, pois precisamos consultar várias gráficas, e fizemos uma impressão em uma gráfica de São Paulo”, diz. “Vimos que a história ficou muito boa e que não poderia ficar apenas entre nós”, acrescenta Elisângela, lembrando que foram feitas cem cópias do livro.

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A felicidade do pequeno escritor

A princípio, Ednei havia feito apenas uma revista para ser apresentada na semana literária da escola, sem que Eric soubesse. “Era meio que um segredo, mas como a impressão estava demorando a chegar, imprimi uma cópia e entreguei para ele, que ficou muito feliz ao ver no papel a história que estava na sua cabeça. Ficou tão empolgado que disse que queria colocar uma banquinha na porta de casa para vender o livro, que todo mundo tinha que conhecer. Achava que todo mundo tinha que ganhar o livro”, comenta Ednei. “A live de lançamento teve um retorno legal, com os pais falando que seus filhos também queriam escrever livros.”

Quanto ao livro em si, Elisângela conta que o filho ficou emocionado ao ter a publicação em mãos. “Ele ficou sem reação, com a boca aberta de surpresa, abraçou a gente e ficou feliz por ser autor. Até disse na semana literária que era autor, se sentindo todo importante”, relembra. “Os coleguinhas ficaram felizes e entusiasmados, falaram que gostaram demais e todos queriam ganhar o livro. Uma amiguinha dele falou ‘que chique, tenho um amiguinho escritor’ (risos).”

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Se depender do filho, Elisângela diz que se pode esperar mais do jovem escritor, basta ele querer seguir na carreira surgida tão precocemente. “Outro dia ele convidou uma amiguinha que desenha bem para ilustrar o próximo livro dele, já está com ideias com o caracol na Lua. As crianças têm muito potencial e que às vezes passam despercebido, é nosso dever perceber isso e incentivar, mas sem forçar. Se ele quiser escrever um novo livro, vamos apoiar.”

Dicas de literatura infantil

Além de apoiarem Eric com o lançamento do livro, Ednei e Elisângela já tinham um projeto ligado à leitura. Eles criaram em agosto de 2020 a página Hora da Historinha (@horadahistorinha) no Instagram, a princípio com dicas de livros infantis.

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“A Elisângela tinha sugerido fazer alguma coisa nas redes sociais, ainda mais que trabalhei com livros por algum tempo”, explica Ednei. “Pensamos e decidimos fazer sugestões de livros que temos em casa, e aí surgiu o perfil no Instagram. A professora dele também emprestou alguns livros para lermos e resenharmos, e depois passamos a ter uma parceria com uma editora do Rio Grande do Sul, a Cassol, e também publicamos curiosidades.”

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