Dez anos é tempo suficiente para a saudade bater mais forte. A solução? Matar a danada na base da guitarra, baixo, bateria e outros instrumentos. É o que vai fazer a banda O BancO, que se apresenta nesta sexta-feira, às 22h, no Bar da Fábrica.
O show será o primeiro em uma década, desde a apresentação realizada em 2006 na UFJF, e contará com todos os antigos integrantes: Marcio Guelber (violonista, acordeonista e percussionista), Marcelo Gehara (baixista e vocais), Pedro Teixeira (violonista e vocais), Victor Guelber (percussionista e violonista), Daniel SottoMaior (violonista e vocais), Leandro Domith (pianista), Daniel Pantoja (flautista) e Henrique Nogueira (percussionista e baterista). “A proposta é celebrar a amizade e reencontrar através das músicas toda a poesia e musicalidade de uma época marcante em Juiz de Fora. Será um reencontro, pois cada um seguiu caminhos diferentes, mas a música sempre esteve viva”, diz Marcio Guelber, ressaltando que o show desta sexta será o único desse breve retorno.
Como a previsão é de que não haverá uma próxima vez, o repertório será 100% autoral. “Temos no repertorio músicas instrumentais como o ‘Tema Novo’ e ‘Caroussel’, e canções como a ‘Forma da fôrma’, ‘Fundo da garrafa’ e ‘Vão bora’. Elas exploram diferentes vertentes da música brasileira e da música pop.”
O BancO foi fundado em 2002 e fez sua primeira apresentação no mesmo ano, no festival de música do Colégio Opção. A banda também se apresentou em festivais como o Jardim Elétrico (2003) e Quem toca cover tá fora, de 2005, além de diversos shows na UFJF e em locais como Muzik e Mezcla.
Neste período, ainda foi gravado uma demo com seis músicas. A partir daí, o grupo encerrou suas atividades devido aos rumos diferentes que cada integrante tomou, com alguns saindo de Juiz de Fora para estudar e seguindo profissões diversas. Parte dos ex-integrantes atua no cenário musical local, mas há quem tenha se tornado professor de letras, biólogo e fotógrafo.
Segundo Marcio, foram apenas dois ensaios realizados para a apresentação, mas a energia parece a mesma de dez anos atrás. “A banda está com um vigor incrível. As músicas parecem que estão frescas, é surpreendente!”, anima-se. “É uma imensa alegria poder reencontrar esses amigos de longa data! O BancO está aí para reforçar a vocação que a cidade tem para produzir música e músicos de qualidade. Que temos um precioso material de composições genuinamente mineiras, juiz-foranas. É um orgulho para mim ver essa força criativa da cidade.”
Nesta sexta-feira, às 22h, no Bar da Fábrica (Praça Antônio Carlos s/nº)