O Teatro Paschoal Carlos Magno começou a ser construído na gestão Mello Reis (1977-1983) e não foi concluído pelos sucessores que ocuparam a Prefeitura nos 30 anos seguintes. Segundo o próprio Mello Reis informou à Tribuna em 2009, um ano antes de sua morte, a proposta de construção de um teatro municipal surgiu durante uma apresentação do Grupo Divulgação. Na plateia, estava o próprio Paschoal Carlos Magno, importante produtor, crítico, autor e diretor carioca, que, na frente de todos, pediu ao prefeito que presenteasse a cidade com mais um lugar apropriado para as manifestações artísticas.
O terreno (atrás da Igreja São Sebastião) foi comprado, e as paredes, que abrigariam cerca de 400 espectadores, começaram a ser erguidas. Entretanto, um raro problema geológico deslocou os recursos financeiros para obras de contenção e pagamento de indenizações, já que as estruturas de muitas casas da Halfeld e até da Rua Tiradentes foram abaladas por conta das escavações.
Assim, o projeto original, que havia sido desenvolvido pelo arquiteto grego Stephan Eleutheriades e se assemelhava ao Teatro Villa-Lobos, do Rio, foi substituído por outro, do arquiteto Roberto Thompson Motta. Mas a verba chegou ao fim antes da conclusão do prédio, que ficou apenas na estrutura de concreto.