Muitas histórias permanecem vivas em nosso imaginário graças a nossa tradição oral, o desejo de, por meio da ênfase nas palavras, o ritmo, a emoção, fazer com que elas pareçam ganhar vida. Muito disso se deve aos contadores de histórias – e um deles, o professor e pesquisador Giuliano Tierno, se apresenta nesta quarta-feira (23), às 19h, no Teatro Clara Nunes, do Sesc, no Circuito Oralidades, que integra o projeto Arte da Palavra.
Com o título “Contos de lugares distantes”, a sessão tem como base a contação de histórias. “São contos de tradição, do imaginário popular e também alguns contemporâneos, de autoria de nomes como Marina Colasanti e Oscar Wilde”, adianta Giuliano, que mescla os causos com um pouco de sua história e conversa com o público a respeito de alguns deles.
Além de rodar o país como contador de histórias, Giuliano Tierno é doutor e mestre em artes no Programa de Pós-Graduação do Instituto de Artes da Unesp; sócio-fundador de A Casa Tombada, um espaço para arte, cultura e educação em atividade desde 2015 em São Paulo; e autor de livros como “Contos do quintal” e “A arte de contar histórias: Abordagens poética, literária e performática”, entre outros. Com o Circuito Oralidades, ele apresentou a sessão de contos nos estados de São Paulo, Rio Grande do Norte e Rondônia. Juiz de Fora é a primeira cidade de Minas onde se apresenta este ano, e na sexta-feira será a vez de Araxá.
“A recepção depende muito da localidade, pois são públicos diferentes. No Rio Grande do Norte, por exemplo, já existe essa tradição de contação de histórias, a resposta é imediata por ter um público acostumado. Já em Rondônia foi mais para estudantes, entre crianças e adolescentes. Em Juiz de Fora, por ser à noite, imagino que teremos um público mais adulto. Mas, em geral, a reação é muito boa; a iniciativa é incrível, pois incentiva a valorização da palavra da cultura brasileira, o intercâmbio entre os estados com todas as possibilidades”, diz.