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20ª Mostra de Cinema de Tiradentes homenageia Helena Ignez e Leandra Leal

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Atriz e diretora, Leandra Leal é uma das homenageadas do festival (Foto: Leo Lara)

No ano em que completa 20 anos, a Mostra de Cinema de Tiradentes, que será realizada entre os dias 20 e 28 de janeiro de 2017, homenageará as atrizes Helena Ignez e Leandra Leal, duas das mais proeminentes intérpretes e criadoras de audiovisual nacional na contemporaneidade. Elas estarão na abertura do festival, no dia 20 de janeiro (sexta), no Cine Tenda, onde receberão o Troféu Barroco. Neste ano, o tema da mostra será “Cinema em reação, cinema em reinvenção”, proposto pelo curador Cleber Eduardo.

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Segundo Cleber, a ideia é debater – por meio dos filmes selecionados e de mesas de discussão com especialistas e pesquisadores – um cinema que reage a seu espaço e a seu tempo histórico, na maioria das vezes assumindo pontos de vista através das articulações de linguagem. Depois da abertura do festival, no dia 20, será exibido o documentário “Divinas Divas”, estreia de Leandra Leal na direção. O tributo se estende no fim de semana, com a exibição dos filmes da Mostra Homenagem: “Nome próprio” (2007), de Murillo Salles, com Leandra; “A mulher de todos” (1969), de Rogério Sganzerla, com Helena; e o curta “A Miss e o Dinossauro” (2007), dirigido por Helena. Também no fim de semana, será realizada a mesa “O percurso de Helena Ignez e Leandra Leal”, reunindo as duas artistas no centro de um bate-papo com a plateia.

“Estética deve estar ao lado ou à frente do político”

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Segundo Cleber Eduardo, a temática do evento em sua 20ª edição se pautou pela efervescência social e política ao longo de 2016, buscando uma reflexão sobre as maneiras como o cinema e a arte se movem neste contexto. “A discussão a se propor é que a reação aos recentes acontecimentos políticos ou sociais, através do cinema, só terá força se o cinema for colocado como carro-chefe, e não como palanque, megafone, hashtag ou militância”, diz o curador. “Se a militância estiver à frente dos filmes, o efeito será limitado. Para um cinema verdadeiramente político, a estética deve estar ao lado ou à frente do político”, opina.

Ainda segundo Cleber Eduardo, um dos principais questionamentos que o tema aborda é: na segunda década do século 21, como pode o cinema confrontar as questões contemporâneas sem que os filmes se tornem reportagens em tela grande?. “Para um festival como o de Tiradentes, defendemos acima de tudo a resistência à banalização de certos modos de abordagem ainda primários e precários, justamente com a proposição de filmes que procuram atravessar as pautas políticas imediatas com respostas formais de cinema”, responde o curador.

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