A jornada artística deve durar nada menos que 12 horas, com rock, pop, MPB, rap, hip-hop, samba e música infantil produzidos em Juiz de Fora, mostrando suas cartas. Tem de tudo um pouco: dos veteranos roqueiros do Eminência Parda e a turma do Lúdica Música! à nova geração que abraça a cultura urbana do hip-hop, representados pelo quarteto #Gold. O samba mostra as caras com Thiago Miranda, que terá como convidados Roger Resende, Mamão, Bré Rosário, Zezé do Pandeiro e Carlos Fernando Cunha. O carnaval de rua, por sua vez, pede passagem com o show do Parangolé Valvulado. A banda Muamba entrega sua mistura de pop, rock, reggae e ska, enquanto a banda Matilda apresenta suas influências da MPB, com canções do seu CD “Patuá” e outras que não entraram no álbum. O público infantil poderá curtir o show do Abracadabra, e os intervalos entre as apresentações terá discotecagem do DJ Tuta, do coletivo Vinil é Arte. O evento ainda abre espaço para a Batalha de MCs, um dos eventos mais tradicionais do rap juiz-forano.
Além da música, o DiverCidade tem exposição de obras do artista plástico Adauto Venturi e a turma do graffiti criando pinturas em tempo real. Na área da moda, as grifes Espaço Jack Maxi, As Garimpeiras e Hanna Coura comercializam seus trabalhos. As crianças terão um espaço de recreação, com brincadeiras e atividades. E, na área gastronômica, o festival terá diversos food trucks, cervejarias artesanais, petiscos e guloseimas.
Hora de mostrar trabalho
Com tanta gente de estilos diferentes reunida no mesmo espaço, o DiverCidade será a oportunidade de tribos diferentes conhecerem o que rola de bom em Juiz de Fora além do seu nicho. É o caso do projeto #Gold: formado por RT Mallone, Marte MC, Thainá Kriya e Everton Beatmaker, o quarteto vai fazer um som que transita entre as vertentes mais clássicas do rap, como o boombap e o ragga, mas também o house rap, o trap e o ainda mais tradicional R&B. “É muito bom poder exibir nosso trabalho para um público heterogêneo, que acompanha outros nichos musicais. Nós refletimos uma movimentação de várias pessoas que vieram antes de nós e nos influenciaram. Levamos na nossa presença toda a mensagem de evolução que o hip-hop propõe”, diz o grupo em mensagem assinada pelos quatro.
A variedade de estilos presentes no DiverCidade é um ponto destacado por Amanda Martins, da banda Matilda. “O projeto mostra para a população juiz-forana a qualidade da nossa música local e, com isso, encoraja os artistas a produzirem ainda mais. Vai ser um sucesso!”, aposta. “Um evento desse tipo enriquece e fortalece a cena local. Temos a tradição de exportar talentos não só na música, mas também na gastronomia, literatura, artes plásticas. É uma cidade muito profícua, e é bacana juntar essa galera de vários estilos num lugar maior”, acrescenta Isabella Ladeira, do Lúdica Música!. O trio vai apresentar no seu show as canções do álbum mais recente, “#LÚDICA26 _ Coletânea de originais”, incluindo as três inéditas do disco (“Bobagem”, “Jogada errada” e “Pego leve”) e mais algumas releituras.
No ritmo do rock e do samba
Representante da turma do rock dos anos 80 e 90, o Eminência Parda vai homenagear a música do Nordeste brasileiro, em especial a da geração da década de 1970 que fundiu rock, pop e psicodelia com suas raízes regionais. Bem no clima do evento, como garante Edson Leão. “O festival conseguiu reunir uma amostra representativa da produção da cidade, indo de grupos que já construíram uma longa história, como Eminência, Muamba e Lúdica, passando por artistas que vêm se consolidando como referências da cena contemporânea, como Thiago Miranda, Matilda, Parangolé Valvulado e a galera do rap, chegando até à novíssima geração, com a garotada da Banda Abracadabra.”
O cantor e compositorThiago Miranda dá uma pausa nas gravações de seu novo álbum para interpretar algumas de suas canções e também clássicos do samba, num show com participações especiais de Carlos Fernando Cunha, Mamão, Roger Resende, Bré Rosário e Zezé do Pandeiro. “Fico muito lisonjeado por representar o samba nesse evento. É hora de mostrar que a cidade tem apreço pela arte local, que a valoriza. É a oportunidade também de os artistas fazerem uma ponte com o público de Juiz de Fora, fortalecer a cena local.”