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Exposição ‘Paisagens tupiniquins’ segue até quinta no Paschoal Carlos Magno

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O centenário da Semana de Arte Moderna de 1922 continua sendo celebrado em Juiz de Fora. Um dos projetos aprovados pelo edital Pau-Brasil, da Funalfa, a exposição “Paisagens tupiniquins”, da fotógrafa Ludmilla Spagnolo, estreou no último dia 11 e pode ser conferida até a próxima quinta-feira no Teatro Paschoal Carlos Magno. No sábado e domingo, a visitação acontece das 13h às 17h, e de segunda a quinta-feira (24) das 9h às 17h. A entrada para a mostra é franca.

Fotógrafa reuniu imagens feitas entre 2016 e 2020 para a exposição que celebra a Semana de Arte Moderna de 1922 (Foto: Ludmilla Spagnolo)

Em sua primeira exposição, Ludmilla selecionou 30 fotos registradas entre 2016 e 2020 – até pouco antes do início da pandemia – em São Paulo, cidade que foi o berço da Semana de 22, e nos estados do Rio de Janeiro, Bahia, Espírito Santo e Ceará. A mostra também tem fotos nas cidades históricas de Minas Gerais que foram visitadas pelos modernistas nas famosas viagens de “redescoberta do Brasil”, em 1924.

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“Sempre tive vontade de expor meu trabalho e esperava por uma oportunidade; quando divulgaram o edital, acreditei que a proposta tinha tudo a ver com meu trabalho, que retrata essas paisagens brasileiras que criamos e que acabam moldando a gente”, diz Ludmilla, que chegou a morar na Colômbia entre 2019 e o início de 2020 – experiência que acredita que ajudou a mudar sua perspectiva em relação a nosso país, inclusive no momento em que precisou selecionar as fotos da exposição.

“Foi muito legal tentar encontrar as fotos que encaixariam com o tema, pois o que quis com essa seleção foi mostrar que o Brasil é um país muito rico em detalhes que merecem ser vistos e revistos, internalizados, e que somos o que vemos na fotografia, pois somos filhos dessa terra”, afirma.

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Foto: Ludmilla Spagnolo

“Em relação à Semana de Arte Moderna, meu questionamento é o mesmo feito pelo (antropólogo) Roberto da Matta em um de seus livros: ‘O que faz o Brasil, Brasil?’”, prossegue. “Precisamos distinguir o ‘brasil’ de letra minúscula, que vem da árvore explorada nos tempos da colônia, do ‘Brasil’ com letra maiúscula, que representa um povo, um lugar, cultura e ideologia de vida. É como ele diz, ‘onde quer que exista um brasileiro, ali existe um Brasil’”.

Foto: Ludmilla Spagnolo

Arquiteta de formação e profissão, Ludimilla afirma ter estudado o moderno na arquitetura. “Oscar Niemeyer, Lúcio Costa, que foram referências em todo o mundo… acredito que todos nós já tivemos contato com os modernistas nas artes plásticas. Com esse conhecimento, busquei fotografias que não tivessem tanta informação, que fossem mais objetivas, simples, pois é um preceito modernista essa busca pelo simples. Ao mesmo tempo, também quis mostrar a perspectiva de um Brasil que as pessoas não estão acostumadas, para que ele seja reconhecido.”

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