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Carlos Fernando Cunha faz live com clássicos de Mamão

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Voz é o único “instrumento” de Carlos Fernando Cunha na homenagem aos mestres (Foto: Reprodução)

O cantor e compositor carioca Carlos Fernando Cunha está com dois projetos na internet. Um deles, “A poesia do samba de Juiz de Fora”, pode ser conferido no canal do artista no YouTube e em seu perfil no Instagram (@carlosfernandosamba), e é uma série que terá dez vídeos curtíssimos com Carlos Fernando declamando letras de alguns dos maiores clássicos do samba juiz-forano, dos anos 40 até os dias atuais. Dentre os quatro já disponibilizados estão os de “Homenagem ao samba” (João Cardoso) e “Princesinha de Minas”, de Armando Aguiar, o Mamão.

E é justamente Mamão o homenageado do outro projeto do cantor, “A nudez da canção”, que terá sua segunda live neste domingo (19), às 21h, apenas no YouTube. No repertório, “Tristeza pé no chão”, “Princesinha de Minas”, “Endereço” e as inéditas “Malandro santinho” e “Vem pro samba”, sendo a última uma parceria da dupla. As duas estarão em um dos projetos que Carlos Fernando prepara para homenagear o compositor.

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Quanto à série, ela teve início no último dia 12, com um tributo a Martinho da Vila, grande referência de Carlos Fernando no samba, entre outros motivos pelos quais ele começou sua vida musical na quadra da escola de samba Unidos de Vila Isabel, no Rio de Janeiro, no início dos anos 90. O projeto não tem previsão de término, depende do andamento da pandemia, mas entre os próximos homenageados estão Milton Nascimento, Lenine, Paulinho da Viola, Tom Jobim e Vinícius de Morais.

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No gogó, e nada mais

Ao contrário da maioria das lives, que costumam ser no formato voz e violão, ou com banda – algumas até verdadeiras superproduções -, “A nudez da canção” tem Carlos Fernando interpretando as músicas à capela (somente voz). Como ele explicou na primeira live, a ideia é tentar “tirar a roupa” da canção, abrindo mão de todos os instrumentos, sobrando a poesia, a letra e a melodia, a fim de que o público possa captar a essência desses artistas.

Durante a pandemia, o cantor percebeu que as lives, inicialmente simples, no esquema voz e violão ou outro instrumento – às vezes à capela, como no caso da cantora Teresa Cristina -, passaram a reunir várias pessoas. “Acho que isso vai contra a perspectiva de isolamento social, e da minha parte a ideia era fazer sem músicos ao meu lado, até por respeito ao próximo”, salienta.

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Se Martinho da Vila foi o primeiro homenageado por ter introduzido Carlos Fernando Cunha no universo da música, dos sambistas de Vila Isabel, Mamão foi o escolhido da segunda live por ser – na visão do cantor – um dos grandes da terra em que escolheu viver há cerca de 20 anos. “Hoje me sinto mais juiz-forano que carioca. O Carlos cidadão pode ser carioca, mas o Carlos músico é juiz-forano. E isso me fez pesquisar os compositores da cidade, em especial os de samba, e o Mamão é o cara que considero, se não o maior, um dos maiores da cidade, que tem uma obra inexplorada ainda em termos de visibilidade”, elogia.

Mamão pra todo mundo

Carlos Fernando apresentou um projeto (aprovado) para a Murilo Mendes que busca aumentar o reconhecimento da obra de Mamão. “São três ações. Em uma delas vamos fazer a gravação de dez vídeos com músicas do Mamão, em que ele canta uma canção e vou entrevistá-lo a respeito da história da música. A segunda é a gravação de um EP com seis composições inéditas, algumas parcerias dele comigo. E a terceira ação é a criação de uma rede virtual para ele, como um canal no YouTube que terá todo esse material de vídeo, videoclipes para as músicas do EP e também vídeos sobre o Mamão que estão na internet. ‘Tristeza pé no chão’, por exemplo, tem várias gravações pelo mundo.”

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