À medida que ficamos mais velhos, mais constantes se tornam os momentos em que refletimos sobre as decisões que tomamos no passado, os rumos que nossas vidas tomaram, e não é raro perguntarmos como seria se, em determinado momento, tivéssemos decido seguir outros caminhos. As decisões valeram a pena? Como estaríamos hoje se…? Estas são algumas questões que o diretor Luiz Villaça apresenta em “45 do segundo tempo”, que estreia nesta quinta-feira (18) nos cinemas.
Conhecido por longas de viés humanitário como “O contador de histórias”, “Por trás do pano” e “Cristina quer casar”, o cineasta conta uma história em que o reencontro de três amigos, que não se veem há muitos anos, reavaliam suas decisões. Tudo começa com Pedro (Tony Ramos), dono de uma cantina em São Paulo que convida os amigos Mariano (Ary França) e Ivan (Cássio Gabus Mendes) para recriarem uma foto tirada em 1974, quando foi inaugurado o metrô de São Paulo.
O que os amigos não sabem é que o comerciante passa por um momento de profunda crise existencial: a cantina está atolada em dívidas, e sua companheira, a vira-latas Calabresa, acabou de morrer. Ao reencontrar os amigos, ele comunica a decisão de tirar a própria vida; porém, como é palmeirense roxo, ele vai consumar o suicídio apenas quando o time do coração vencer um campeonato.
Os dois amigos, porém, também vivem momentos conturbados. Ivan passa por um processo doloroso de divórcio, pedido pela esposa Lilian (Denise Fraga), e Mariano se encontra em uma crise de identidade devido à sua escolha de ser padre. Em meio aos questionamentos provocados pelo envelhecimento, o pouco tempo de vida _ ou a escolha de acabar com ela -, Pedro leva os amigos em uma jornada até a cidade natal do trio, no interior, em busca de conexão com o passado e também para encontrar a musa da infância dele, Soninha (Louise Cardoso).