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Álbum ‘Elis’, de 1972, será relançado em maio

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O álbum “Elis”, lançado originalmente em 1972, foi restaurado, remixado e remasterizado para ter seu relançamento no próximo Dia das Mães, em maio. “Elis”, o primeiro disco da cantora produzido pelo pianista e compositor Cesar Camargo Mariano, que iniciava ali uma nova era no conceito da sonoridade de Elis, é considerado um dos melhores álbuns de sua discografia ao lado de “Elis & Tom”, de 1974. É dele também uma das sequências de canções das mais matadoras na história da música brasileira. Elis trouxe neste disco canções como “Bala com bala” (Aldir Blanc e João Bosco) “Nada será como antes” (Milton Nascimento e Ronaldo Bastos), “Águas de março” (Antônio Carlos Jobim), “Atrás da porta” (Chico Buarque e Francis Hime) e “Casa no campo” (Tavito e Zé Rodrix).

O projeto de relançamento é do filho de Elis, João Marcello Bôscoli, que negociou o produto com a gravadora Universal Music. O trabalho de reabertura das pistas de cada música, para retrabalhar a sonoridade de cada instrumento, foi feito pelo engenheiro Carlos Freitas. Bôscoli diz que vai negociar também com a Universal para que saia uma versão em vinil.

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João Marcello Bôscoli, que produziu mais de 300 discos pela produtora Trama, fala do resultado final da remasterização fazendo uma comparação com as gravações de hoje. “Atenção, um aviso às cantoras que cantam hoje: não há nenhum tipo de corretor de afinação vocal neste álbum. A performance de Elis, além de ser verdadeira, foi definida no primeiro take (as primeiras gravações de Elis eram geralmente as definitivas). Durmam com um barulho desses.” Crítico ao uso indiscriminado de afinadores de vozes no estúdio por grande parte dos cantores, ele afirma que hoje é possível colocar no tom “até mesmo o latido de um cão”.

No final de 2017, João produziu, com o irmão Pedro Mariano, uma versão de “Casa no campo”. O projeto, feito primeiro para ser executado na rádio Nova Brasil FM, trazia Elis cantando sua parte e Pedro entrando em determinado momento, sem modificações no arranjo nem interferências na estrutura. O registro é emocionante porque mostra a mãe dividindo vocais com o filho que tinha 6 anos de idade quando ela morreu, em janeiro de 1982.

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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