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 Renato da Lapa e Roger Resende lançam primeira parceria

Dupla começou a trabalhar na música em 2020 e se encontrou este ano para gravar (Foto: Divulgação)

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Dupla começou a trabalhar na música em 2020 e se encontrou este ano para gravar (Foto: Flora Elias/Divulgação)

Representantes de duas gerações musicais distintas, Renato da Lapa e Roger Resende lançaram na última sexta-feira, nas principais plataformas de streaming musical, o single “Janaína”, que marca a primeira parceria dos cantores e compositores. A música foi gravada no final de outubro no Estúdio Sensorial Centro de Cultura com a participação do baixista William Tonasso, que também auxiliou na elaboração dos arranjos.
A ideia da parceria veio de Renato da Lapa, que entrou em contato com Roger pelo Instagram no ano passado. Ele enviou uma letra que havia escrito em 2019, após uma viagem à cidade fluminense de Arraial do Cabo, sobre as sensações e o aconchego que as águas do mar provocam – vale lembrar que Janaína é considerado um dos nomes de Iemanjá, divindade do mar entre os orixás.

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“Sempre fui um admirador do Roger, da sua capacidade de fazer músicas a partir de letras, e tomei a iniciativa de mandar alguns versos que havia escrito em meu caderninho. Em pouco mais de uma semana ele mandou a melodia”, conta Renato. De início, o músico acreditava que “Janaína” poderia render um samba ou ijexá pelas mãos de Roger, e por isso mesmo se surpreendeu com o que recebeu. “Ele é um cara capaz de olhar uma letra e saber logo de início para qual lado ela vai na parte musical, tem um cuidado harmônico e melódico muito refinado. Ele enviou um vídeo com uma melodia que era um bolero meio aéreo, e quando ouvi senti que a letra, na verdade, levava mais para esse lado. Fiquei muito feliz, porque ele conseguiu uma fluidez que traduz a dúvida e a incerteza do mar que a letra apresenta.”
Ao receber a letra, Roger Resende lembra que começou a “viajar” na história contada por Renato, ainda mais pelo mistério que ela apresenta ao tratar de uma das paixões do músico, que é o mar. “Todo mineiro ama o mar (risos). Achei a letra interessante, profunda. Ele havia sugerido um samba ou ijexá, mas fiquei analisando a letra para tentar achar em qual atmosfera musical ela iria se encaixar. Tenho o hábito de ver o que a métrica da letra vai me dizer ritmicamente, para poder ‘vestir’ com a melodia, e ‘Janaína’ se tornou mais um bolero que um samba desde o início. Ao analisar a métrica, a divisão da letra, muitas vezes você constata que não vai combinar com o que se imaginou a princípio – no caso, o samba ou o ijexá – e deixamos fluir para ver onde vai dar”, explica. “Há quem diga que é uma coisa voltada para a bossa nova, mas sinto o balanço como se fosse um bolero, porém mais moderno.”

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