Uma das mais longevas séries cinematográficas de terror, “Halloween” ganhou uma nova continuação (ou melhor, um “reboot de continuação”) em 2018, ignorando os nove filmes que vieram na sequência do longa original, lançado em outubro de 1978 com a assinatura do mestre John Carpenter. Com a proposta de uma trilogia, a produção conquistou público e crítica, e com isso a segunda parte da nova saga, “Halloween kills – O terror continua”, chega aos cinemas nesta quinta-feira (14).
Outra vez dirigida por David Gordon Green, a produção da Blumhouse é sequência imediata do filme de 2018, em que vimos que Laurie Strode (Jamie Lee Curtis, a maior das scream queens do gênero) passou 40 anos esperando pelo retorno do psicótico Michael Myers – o que acabou acontecendo. Após o maníaco aumentar sua contagem de vítimas fatais, Laurie teve a ajuda da filha Karen (Judy Greer) e da neta Allyson (Andi Matichak) para prender Myers no porão da casa da família e incendiar o local – o que seria suficiente para se acreditar que, tendo virado churrasquinho de gente, a semente do mal morreria torrada.
Após um breve flashback, “Halloween kills” tem início poucos minutos após os eventos mostrados no longa anterior, com Laurie sendo levada para o hospital da pequena Haddonfield por causa de um ferimento de faca provocado pelo assassino. Enquanto é cuidada pelos médicos, ela descobre que Michael Myers não apenas sobreviveu, como já saiu da casa incendiada fazendo aquilo que sabe fazer melhor: matar quem passa pela sua frente – e das formas mais chocantes e perversas – enquanto segue em sua obsessão de matar o objeto de seu ódio, justamente Laurie Strode.
Normalmente, produções de terror do subgênero slasher têm como trama o confronto entre o facínora e seu antagonista, com os coadjuvantes servindo apenas de carne para o abatedouro. “Halloween kills”, porém, segue outro caminho, uma vez que sua protagonista está no hospital com o bucho furado. Desta vez, são os moradores de Haddonfield que, cansados de viverem traumatizados e com medo por 40 anos, decidem se unir para acabar com Michael Myers. Com isso, vários personagens que sobreviveram no filme de 1978 ganham destaque na história – e é um deles, Tommy Doyle (Anthony Michael Hall), que era uma das crianças cuidadas por Laurie no longa original, quem vai liderar a caçada da comunidade contra a criatura que aterrorizou toda uma geração.
Porém, como a última parte da trilogia está agendada para outubro de 2022, é de se esperar que a família Strode e a população local não tenham lá grande sucesso na empreitada.
Ridley Scott na Idade Média
Outro lançamento de destaque é “O último duelo”, mais recente longa de Ridley Scott. O longa é baseado no romance homônimo escrito por Eric Jager, por sua vez baseado numa história real, e tem no elenco Adam Driver, Matt Damon, Jodie Comer e Ben Affleck.
O filme conta a história do último duelo (ou julgamento por combate) ocorrido oficialmente na França, em 1386, durante a Guerra dos Cem Anos (1337-1453). Na ocasião, o cavaleiro Jean de Carrouges (Damon) acusou seu escudeiro, Jacques Le Gris (Driver), de ter estuprado sua esposa, Marguerite (Comer), quando ele estava em um acampamento na Escócia. Apesar do depoimento da esposa, o caso não foi levado a julgamento pelo nobre local, o conde Pierre D’Alençon (Affleck), de quem Le Gris era um protegido.
Por causa disso, Carrouges levou seu caso até o rei Carlos VI (Alex Lawther) – então saído da adolescência e de quem se desconfiava que não batia bem da cabeça – e uma investigação sobre o caso chegou a ser feita. Como não houve veredito, Jean de Carrouges desafiou o ex-amigo para um julgamento por combate, que foi autorizado por Carlos VI.
O longa de Ridley Scott busca mostrar todo o desenvolvimento do caso, com o duelo sendo o clímax da história. Na época, acreditava-se que o vencedor do duelo seria aquele considerado por Deus a pessoa que estava falando a verdade. No caso de derrota do marido, Marguerite de Carrouges seria queimada na fogueira.