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“Abracem nossa história e nos respeitem”, pede Mestre Curió

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Defensor da tradição, Mestre Curió, aos 82, viaja o mundo apresentando a filosofia por trás da Capoeira Angola, reconhecida como patrimônio cultural imaterial pela Unesco. (Foto: Fernando Priamo)

Não é necessário estar de pé para ensinar capoeira. Na defesa de um dos maiores guardiões da tradição no Brasil, o baiano Mestre Curió, capoeira é movimento, palavra que diz do corpo que se mexe e também do pensamento que não prostra. Sentado grande parte do tempo, ele sugere exercícios físicos e intelectuais durante suas aulas. Seu saber não está apenas em tocar instrumentos, entoar cânticos, erguer pernas e braços. Tudo isso ele sabe e faz bem. Seu saber, no entanto, também está na transmissão de discursos e práticas de sua ancestralidade. Intelectual orgânico, Jaime Martins dos Santos aprendeu desde cedo que capoeira é, sobretudo, filosofia. “Botar a mão? Para quê? É jiu-jítsu? Judô? Luta livre? Capoeira é agilidade. Pratiquei jiu-jítsu por oito anos, boxe, 12, caratê, 18. Sei essas habilidades todas, mas preparo meus alunos para uma filosofia. E ensino que algumas habilidades não são para aplicar na roda, mas para se defender”, pontua o mestre, aos 81 anos, sobre a manifestação inscrita como patrimônio imaterial da humanidade pela Unesco em 2014.

Parte fundamental na constituição da cultura brasileira, a capoeira tem raiz. “A Capoeira Angola é afro-brasileira, cresceu nos recôncavos, nos trapichos, nas roças, nos canaviais. O Mestre Bimba era africano, era angoleiro e depois é que passou a ensinar a Capoeira Regional, porque o sistema não queria a Capoeira Angola, que diziam que era coisa de preto, de macaco, e queriam uma coisa mais estilizada”, explica Mestre Curió, que, filho de uma família de capoeiristas, cresceu na escassez e só na vida adulta abraçou o que sempre foi dom. “Fui menino de rua, comi pão do lixo, dormi debaixo do viaduto, fui preso várias vezes pela polícia, apanhei e também bati”, narra.

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Fazendo escola: Rémi, Treinel Boa Sorte, Mestre Curió, Beth, a Treinel Maneira, e Pedro, o Treinel Caramujo (Foto: Fernando Priamo)

Em 1968, aos 31, ele começou a frequentar as rodas do Mestre Pastinha, um dos principais nomes da capoeira no país. Três anos depois abriu seu próprio salão, a Escola de Capoeira Angola Irmãos Gêmeos do Mestre Curió, hoje com sede no Pelourinho e no Forte da Capoeira, em Salvador. “Quando cheguei à casa do Mestre decidi: é aqui que vou ficar agora. É um lugar especial”, comenta o francês Rémi Wantz, o Treinel Boa Sorte, único praticante de capoeira em sua Nancy, a 350 quilômetros de Paris, na França. Após assistir a um filme norte-americano e ver a prática, Wantz, já apaixonado por esportes, viajou ao Brasil para dar os primeiros passos na arte e nunca mais parou.

Pedro Augusto Freitas Ribeiro, o Treinel Caramujo, começou na capoeira em Juiz de Fora e foi para Salvador para se conectar com a tradição. “Era um mundo novo para mim, mas o mais antigo da história”, diz ele, que conheceu Curió, bem como Boa Sorte, na capital baiana. “Fiquei apaixonado logo de cara com a eficiência dos movimentos dele, com a maneira como ele transmite a ancestralidade. Ele é um guardião da tradição. Logo de cara quis ser um aluno dele”, comenta Caramujo, que, já graduado, tornou-se um iniciante nas aulas de Mestre Curió. “Me encantou muito a sinceridade dele, de carregar na própria pele todo o sofrimento do povo negro, das pessoas que vieram para o Brasil forçadas, obrigadas, escravizadas. Ele não conta o que alguém contou, mas o que viveu. Em termos de jogo, vadiação, todo e qualquer movimento tem um sentido, não é simplesmente uma acrobacia, uma apresentação circense. Ele fala muito que primeiro é preciso gostar de si mesmo antes de gostar da plateia que te olha.”

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Com as cores da corrente seguida por Curió – o amarelo e preto herdado por Pastinha -, Caramujo encerra, neste domingo, com uma roda de samba do recôncavo, a série de eventos que marcou a inauguração de seu salão no Bairro Filgueiras, com a presença do mestre baiano e do aprendiz francês. O espaço é o primeiro na cidade a ostentar as marcas de Mestre Curió, embaixador da cultura brasileira pela ONU e doutor Honoris Causa pela Universidade do México. Uma das mais potentes vozes na defesa da preservação da cultura afro-brasileira, o angoleiro chama atenção para as sequenciais tentativas de descaracterização da arte que se fortaleceu nas senzalas. “São essas pessoas que estão nos altos escalões, nas universidades, que ensinam que o angoleiro não pode ensinar a prática”, lamenta ele, protagonista da luta contrária ao projeto legislativo que prevê a obrigatoriedade de um profissional da educação física no ensino da Capoeira Angola.

O interesse crescente pela capoeira, segundo ele, se dá por uma especulação financeira, que prevê pagamento para batizado, para cordões, roupas e outros elementos. “Hoje está pior do que era antigamente porque antigamente todo mundo se respeitava, o aluno não discutia com o mestre, mas hoje quer competir com o mestre e virar grão-mestre. A capoeira não cresceu, ela está é inchada, e de maneira inadequada. Se ela estivesse ampliando pela maneira reta, seria diferente. Hoje a capoeira é um comércio informal”, avalia o mestre, para quem o modelo de aula atual é fruto do mesmo sistema que adotou mirabolantes acrobacias na roda e práticas como a rasteira no batizado. “O padre quando te batiza bate sua cabeça na bacia? Padrinho é para acariciar. No passado, quando o pai e a mãe morriam, quem criava eram os padrinhos”, ressalta, utilizando do ato católico para corroborar sua prática intimamente ligada às religiões de matrizes africanas. “Somos todos irmãos”, resume o mestre em entrevista exclusiva à Tribuna.

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Mestre Curió: “Somos todos irmãos. Somos uma família e unidos jamais seremos vencidos.” (Foto: Fernando Priamo)

Tribuna – É correto dizer que a Capoeira Angola é a mãe de todas as outras práticas de capoeira?
Mestre Curió – Todos nós temos uma identidade. A capoeira não é uma só. Hoje tem vários tipos, mas, na realidade, a mãe é a Capoeira Angola. Depois veio a Capoeira Regional, que é uma extensão da Angola. A Regional foi criada pelo saudoso Mestre Bimba. A Capoeira Angola não usa corda, não usa cordão, não usa combate, não usa competição. A Capoeira Angola é arte, dança, malícia, filosofia, educação, coreografia, teatro, sagacidade, religião e cultura. Se você assistir a uma roda de angoleiros vai ver que tem muita diferença de uma roda de Regional. A Regional hoje está muito mudada daquela que o Mestre Bimba criou. Hoje eles botam três berimbaus e os três tocam a mesma coisa. Não é nada disso. Cada berimbau tem a sua definição, a sua corda musical, cada um “fala” de um jeito. Hoje, sem querer desmerecer, a Regional parece um candomblé mal batido.

Sua relação com a capoeira está no sangue. Sente como uma responsabilidade sua divulgar e preservar a Capoeira Angola?
Sou filho de angoleiro, neto de angoleiro, bisneto de angoleiro. Venho de baixo. Minha mãe teve as dores para me ter dentro de uma roda de capoeira. Não entrei pela janela. Hoje, graças a Deus e aos orixás, tenho vários títulos em cima desse corpo velho e cansado. Agradeço à Capoeira Angola e aos mais velhos, que me passaram o que estou passando para as minhas crianças. Todos os meus treinéis são minhas crianças. Eles e elas. Busco tirar o machismo que acha que os homens podem tudo e as mulheres não podem nada. Comigo não tem isso. Quando elas chegam para treinar digo que dentro da roda todos treinam de igual para igual. Tem que respeitar os merecimentos que a mulher tem e necessita. Já foi o tempo que a mulher só servia para lavar roupa, ser escrava do homem. Hoje elas têm os mesmos direitos e devemos respeitar. Minha mãe jogava capoeira, minha tia também jogava. Esse nome de Curió herdei do meu avô, que era um dos grandes angoleiros da cidade de Salvador e se chamava Curió Grande – Pedro Vinícius Curió. Tenho uma “parenteza” também com o finado Besouro de Santo Amaro (capoeirista que inspirou o filme “Besouro”), que era primo segundo do meu pai.

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Mestre Pastinha, o principal nome da capoeira no Brasil e um dos mais importantes nomes no mundo, foi seu mentor. Do que se recorda dele?
Cheguei no Mestre Pastinha com 8 anos de idade. Meu pai era muito amigo de Mestre Pastinha, era violeiro dele, o que hoje a gente não vê mais. Era a viola de sete cordas, tinha um conjunto com outra viola e os berimbaus. Tinha o samba do recôncavo. Hoje a gente vê samba de patricinha, samba de Rio de Janeiro, sem querer desmerecer. O samba partido alto é um, de fundo de quintal é outro, e o do recôncavo é ainda outro, que veio com a Capoeira Angola. Fui aluno de Vicente Ferreira Pastinha até o dia em que ele se foi. Para mim ele ainda está no meio da gente. Não deixou de ser meu mestre. Essas cores, amarelo e preto, que carrego e todos os meus alunos carregam é a história de Mestre Pastinha. Não sou Ypiranga (clube de Salvador cujas cores são amarelo e preto). Sou Bahia (das cores azul, vermelho e branco) doente, mas por respeito a ele, abracei essas cores para mim e para todas as pessoas que estão em meu convívio.

Mestre Curió no Largo 13 de Maio, espaço cujo nome poucos identificam ainda que o endereço seja bastante popular: esquina da Avenida Getúlio Vargas com Rua Batista de Oliveira. (Foto: Fernando Priamo)

Capoeira envolve dom ou também é prática?
Existem as pessoas que nascem com o dom e as que têm a dedicação. A gente tem que trabalhar em cima das dificuldades. Não existe quem diga: “Não posso fazer”. Capoeira não se faz. O que se faz é pão e bolacha. Capoeira se pratica. Qual é a obrigação de um treinel, contra-mestre, mestre ou profissional? Trabalhar as dificuldades. Para ensinar não precisa bater. Quem bate não está ensinando, mas dissimulando. Quando existe a violência, não existe a sinceridade. Onde tem dor não existe amor. Onde tem amor não existe dor. Para ensinar não precisa bater e para se vadiar, para mostrar que é bom não precisa bater. Tem mestre que bate no aluno para o aluno ter medo dele. E medo é uma coisa e respeito é outra, totalmente diferente. Se o cara bate para mostrar que é bom, o melhor está descendo e não subindo. Amanhã, quando se encontrarem nas voltas do mundo, vai apanhar, porque quem apanha no medo bate seguro. Não se adquire respeito com medo. O mestre educa, dá carinho, amor e respeito. O conjunto de garotos é uma família doutrinada dentro do respeito.

“Para ensinar não precisa bater. Quem bate não está ensinando, mas dissimulando. Quando existe a violência não existe a sinceridade. Onde tem dor não existe amor. Onde tem amor não existe dor.”

Como está a tradição nos dias de hoje? O que resiste?
A Capoeira Angola é uma hierarquia, mas hoje a hierarquia acabou. A começar pelos instrumentos. Hoje não respeitam nem os instrumentos. Hoje tem uma fábrica de mestre, que é uma palavra bíblica e sagrada. Mestre é quem bate e machuca ou quem dá carinho? Hoje o cara faz musculação para ficar forte, mas a capoeira não está no tamanho. Está na inteligência e na mente. Tenho uma aluna com 85 anos, outro com 86 e é reitor de uma universidade nos Estados Unidos. A capoeira é uma definição de movimento, tem outras estratégias. Se você faz uma casa e começa de cima, quando chega no meio, ela cai. Tem que começar pelo alicerce. O cara tem que saber porque está na capoeira, o que tem a oferecer para a capoeira, e o que a capoeira tem a oferecer a ele. Para ser mestre de capoeira tem que ser sábio. Eu não usei os bancos da ciência e não tenho medo de quem usou. Muitas vezes o cara vem fazer uma palestra e precisa do papel na mão ou do notebook. Ou eu lasco ou eu saio, porque quando ele faz isso está provando que não sabe nada, está escrevendo para não esquecer, decorando. Só decora quem não sabe do que fala.

Por isso dá suas aulas sentado?
Dou aula sentado, porque não é meu corpo que vai ensinar, mas minha mente. Tenho tudo detalhado. Comecei com 5 anos e 6 meses. Com 8 anos entrei de corpo e alma e estou até hoje. Ainda estou aprendendo. Não sei nada. Meu pai morreu com 106 dizendo que não sabia nada. Hoje o cara tem 10, 20 anos e diz que faz as duas. Digo: “Então me dá um quilo!”. Porque não faço nenhuma, ninguém faz. Capoeira não se faz. A capoeira já está pronta, falta só seguir a direção, dar continuidade àquilo que nossos antepassados deixaram, com muita resistência e sofrimento. Hoje modificam tudo. Hoje o cara dorme aluno e acorda mestre. Naquele tempo, para virar mestre era difícil. Hoje dou entrevista, dou aula, mas naquele tempo ninguém se interessava. Diziam que era coisa de valentão, de desordeiro, de marginal. Quero dizer: abracem nossa história e nos respeitem. Querem abraçar nossa história, mas nos excluir, às vezes querendo saber mais do que quem domina a história.

Como é transmitir a capoeira para pessoas de culturas tão diferentes como faz?
É preciso respeitar. É uma troca de conhecimentos. Vamos nos juntar, para crescer, somar, multiplicar e, se preciso for, subtrair. Isso não aprendi no banco da ciência. Hoje a capoeira está no mundo. Tenho um trabalho em oito países. E não ensino aquele de um jeito e esse de outro. Todo mundo aprende a mesma doutrina. Todos eles me respeitam e me querem bem como eu quero bem a todos eles. Para mim são todos filhos. Só no México tenho mais de 600 filhos. Estou fazendo agora 22 anos de trabalho no México. Fui o primeiro mestre a entrar com a Capoeira Angola lá. Hoje estou no Equador, na Bélgica, Martinica, Suíça, França, Japão, Iraque. Meu primeiro trabalho fora foi no Iraque. Agora estão querendo que eu entre na Índia, e ainda não sei.

Primordialmente representativa da cultura negra, do legado afro-brasileiro, como a capoeira encontra esse homem branco europeu hoje? O que isso representa?
A Capoeira Angola hoje não tem cor. Já teve. Tanto é que estou nos países europeus. Tenho uma contramestre na Suíça. Meu aluno nos Estados Unidos é branco também. Para mim não é diferente. Lá fora eles me representam, representam meu mestre e a história de um povo. Somos todos irmãos. Se cortar um europeu sai sangue. Daqui (mostra o braço) também sai. A capoeira mostra isso. Somos uma família e unidos jamais seremos vencidos.

“Somos todos os irmãos, só muda o país. Se cortar um europeu sai sangue. Daqui (mostra o braço) também sai. A capoeira mostra isso. Somos uma família e unidos jamais seremos vencidos. Sem união não adianta nada.”

Mas o senhor defende uma resistência ao capitalismo.
Não sou contra o sistema, sou contra a opressão que quer nos acorrentar. Acabou o chicote na pele, mas na pluma não acabou ainda. A gente é escravizado, domesticado pelo sistema capitalista. Queimaram nossa história e jogaram na maré, para a gente não poder se defender.

“A gente é escravizado, domesticado pelo sistema capitalista. Queimaram nossa história e jogaram na maré, para a gente não poder se defender.”

A Capoeira Angola jogada no Brasil criou alguma singularidade diante da que é jogada fora do país?
O cara já nasce com o gingado. Cada um tem a sua maneira que traz de nascença e só falta ser lapidada. Cheguei na Martinica, e eles diziam que não tinha capoeira. Tem, mas o nome é ladia. É mais brusca, mais veloz, mais perversa e é preciso doutrinar o cara para a Capoeira Angola. Lá eu autorizei o professor de ladia para que desse uma aula para os meus alunos, para que sentissem as diferenças das artes. Alguns dizem que a capoeira é luta.

Concorda com essa acepção da capoeira como luta?
Eu não concordo. Com a vivência que tenho e que meus antepassados me passaram digo que se fosse uma luta você não estaria aqui me entrevistando. Se os senhores de mangangão (da casa grande) vissem dois negros lutando, saberia que era para pegar eles, então, metralhava todo mundo e hoje não existiria capoeira. “O que é que os negros estão fazendo ali?”. “Eles estão dançando, meu senhor, brincando”. Era uma brincadeira em forma de defesa. Hoje você vê dois caras entrando numa roda de capoeira parecendo dois touros, parecendo dois inimigos numa competição para um matar o outro. Não concordo com isso. Originalmente tinha as malvadezas, mas com um sorriso, numa malemolência. Hoje não tem nem axé, é uma pancadaria, soco na cara. E violência gera violência.

“Hoje você vê dois caras entrando numa roda de capoeira parecendo dois touros, parecendo dois inimigos numa competição para um matar o outro. Não concordo com isso. Originalmente tinha as malvadezas, mas com um sorriso, numa malemolência. Hoje não tem nem axé, é uma pancadria, soco na cara. E violência gera violência.”

É possível falar da capoeira sem falar de religiosidade?
Deus não deixou nada escondido. Porém, não determinou: você vai seguir aquela! Você pode escolher a que seu corpo quer e que sua mente te leva. O finado Mestre João Pequeno era cristão e não discriminava ninguém. Entrava numa roda de capoeira e o que todos faziam ele também fazia. O que falta hoje é a conscientização. Hoje vemos uma capoeira gospel, dos cristãos: eles querem tirar atabaque, agogô, reco-reco, não pode cantar as músicas que vieram em nossa ancestralidade. Fica como a capoeira? É a mesma coisa que falar mal das matrizes africanas e usá-las no inverso. Falam mal do acarajé, mas fazem o acarajé de Jesus. Falam do abará, mas fazem o abará de Jesus, o bolinho de Cristo. É o que isso? Trabalho num conselho (é titular no Conselho Municipal das Comunidades Negras, da Secretaria Municipal da Reparação de Salvador) em que debatemos isso. Sabe porque lagartixa balança a cabeça? Porque ela não sabe falar. Eu sei. E sei onde as minhas feridas doem. Gostam de negro que aceite tudo. Quando veem um negroque se defende, defende sua origem, sua história, ele é problemático, é criador de caso, é brigão. Essa é a minha luta.

“Sei onde as minhas feridas doem. Gostam de negro que aceite tudo. Quando veem um negroque se defende, defende sua origem, sua história, ele é problemático, é criador de caso, é brigão. Essa é a minha luta”, diz Mestre Curió.

ENCONTRO DA ESCOLA DE CAPOEIRA ANGOLA SÃO BENTO
Neste domingo, às 10h, na Rua Diretora Josefina Mendes Sasso 475 – Filgueiras

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