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“Vice”, “Alita: Anjo de Combate” e “Minha fama de mau” estreiam em JF

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Irreconhecível na tela, Christian Bale foi indicado ao Oscar de melhor ator pela sua interpretação do político Dick Chenney em ‘Vice’ (Foto: Divulgação)

A história dos Estados Unidos é marcada por vice-presidentes que tentaram – e muitas vezes conseguiram – aquela cadeira no Salão Oval da Casa Branca depois de passarem anos à sombra do então presidente. Porém, poucos, talvez nenhum, tenham amealhado tanto poder e influência – e isso sem sequer ser cogitado para substituir seu chefe do Executivo – ocupando a vice-presidência quanto Dick Chenney, figura decisiva nos oitos anos (2001 a 2009) em que George W. Bush foi o presidente dos EUA. É sobre essa figura nada carismática, mas ardilosa, pragmática, conhecedora dos meandros e dos atalhos do poder, que o diretor Adam McKay conta a história em “Vice”, que estreia nesta quinta-feira (14) em Juiz de Fora, com “Alita: Anjo de Combate” e “Minha fama de mau”, cinebiografia do cantor e compositor Erasmo Carlos.

O longa chega à cidade com uma semana de atraso em relação à estreia em todo o pais, mas a tempo de ser avaliado antes da premiação do Oscar, no próximo dia 24, quando concorre em oito categorias, entre elas melhor filme, diretor, ator (Christian Bale), atriz coadjuvante (Amy Adams) e ator coadjuvante (Sam Rockwell). Nessas categorias, a de melhor ator é a que o longa tem melhores chances graças à atuação de Christian Bale, que além de incorporar todos os maneirismos de Dick Chenney mergulhou em mais um de seus processos de transformação, engordando 18 quilos, fazendo exercício para engrossar apenas o pescoço (!) e modulando a voz continuamente à medida que seu personagem envelhece, mas sempre mantendo o tom monótono e estudos típicos do ex-vice-presidente. Ah, e doses consideráveis de maquiagem e próteses para completar o visual.

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Com um personagem totalmente desprovido de carisma e odiado/desprezado por milhões de americanos, Adam McKay aposta na comédia para tratar de um assunto sério, assim como fez no elogiado “A grande aposta” e terreno mais que conhecido para ele, em parcerias com o ator Will Ferrell como “Tudo por um furo” e “Ricky Bobby – A toda velocidade”.

Apesar de ser uma figura apagada, Dick Chenney é uma raposa que sabe como as coisas funcionam em Washington, fruto de anos como secretário da Defesa (durante a presidência de Bush pai), chefe de Gabinete da Casa Branca (governo Gerald Ford) e CEO de uma grande empresa, e usa todo esse conhecimento para – ao ser convidado por George W. Bush como companheiro de chapa – manipular o ex-presidente quanto a seus interesses, como a invasão do Iraque após os atentados de 11 de setembro de 2001 e atrasar em anos o uso de fontes de energia renováveis no país, entre outros. Para isso, ele conta com a ajuda do secretário de Defesa de George W. Bush (Rockwell), Donald Rumsfeld (Steve Carell), e da esposa Lynne (Adams).

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Jovem ciborgue tenta descobrir seu passado em ‘Alita: Anjo de Combate’, adaptação do clássico mangá de Yukito Kishiro (Foto: Divulgação)

Mangá cyberpunk made in USA

 

Título que começou a ser publicado em 1990 e que durou cerca de 50 edições, o mangá “Alita: Anjo de Combate” é mais uma obra made in Japan levada para Hollywood e que ganhou todo o jeito made in USA. E assim como “Ghost in the Shell” (2017), a adaptação da clássica HQ de Yukito Kishiro corre o sério risco de ser mais um fracasso de bilheteria: a previsão é que o longa tenha uma abertura de US$ 25 milhões nos Estados Unidos, fechando sua carreira com algo em torno de US$ 50 milhões. Com um orçamento estimado em US$ 170 milhões, a produção da Fox teria que fazer um sucesso estrondoso nos mercados internacionais para pelo menos pagar o investimento.

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E olha que “Alita: Anjo de Combate” tem um time de peso. Robert Rodriguez (“Sin City”, “Um drink no inferno”) é o diretor, e James Cameron (“Titanic”, “Avatar”), um dos produtores e responsável pelo roteiro com Laeta Kalogridis. O elenco conta com três nomes vencedores do Oscar, Jenniffer Connelly, Mahershala Ali e Christoph Waltz, além de Jackie Earle Haley e Rosa Salazar, que interpreta Alita, a protagonista da história que se passa no século XXVI, depois que a Terra foi devastada por uma guerra catastrófica. Ela é um ciborgue com cérebro humano que o Dr. Ido (Waltz) encontra praticamente destruído na Cidade da Sucata. O cientista a leva para casa, constroi um novo corpo para a ciborgue e dá a ela o nome de sua filha, já morta. Alita não tem memória de quem era ou de onde veio, e aos poucos uma série de eventos faz com que ela encontre peças do seu passado e seja o pivô de uma trama que envolve o futuro da humanidade.

 

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Chay Suede interpreta o ‘Tremendão’ Erasmo Carlos em ‘Minha fama de mau’ (Foto: Divulgação)

Mais que amigo de fé e irmão camarada do ‘Rei’

Para muitos, Erasmo Carlos é a metade mais criativa da bem-sucedida parceria com Roberto Carlos, mas diversos fatores teriam feito com que aquele jovem com perna mecânica de Cachoeiro do Itapemirim se tornasse o “Rei”. Com altos e baixos em sua carreira, Erasmo tem parte de sua vida retratada em “Minha fama de mau”, longa de Lui Farias que leva em conta a autobiografia lançada pelo artista em 2009. Vale lembrar que Lui é filho de Roberto Farias (1932-2018), diretor da trilogia de filmes protagonizada por Roberto Carlos ao lado de Erasmo e da cantora Wanderléa.

O recorte de “Minha fama de mau” abraça cerca de 20 anos da vida do “Tremendão”, indo do final da década de 1950 até o final dos anos 70. Mostra o início de tudo, na Tijuca, Rio de Janeiro, em que Erasmo (Chay Suede), um apaixonado por rock and roll, conhece figuras como Tim Maia (Vinicius Alexandre) e topa com um certo Roberto Carlos (Gabriel Leone), com quem forma a mais célebre dupla de compositores da música brasileira. Com Wanderléa (Malu Rodrigues), os dois formam a trinca de ouro da Jovem Guarda, movimento musical inspirado nos Beatles que tomou o Brasil de assalto durante os anos 60.

O longa, mais que se prender aos compositores, se preocupa em mostrar a trajetória de sucesso do trio, com Erasmo Carlos em destaque, a partir de sucessos como “Parei na contramão”, “Prova de fogo, “Devolva-me” e “Festa de arromba”, entre outros hits.

 

Vice
UCI 2 (leg): 22h30. UCI 5 (leg): 21h. Cinemais Alameda 3 (leg): 15h30, 18h30, 21h10. Classificação: 14 anos

Alita: Anjo de Combate
UCI 3 (3D/dub): 13h50, 19h20. UCI 3 (3D/leg): 16h40, 22h. UCI 4 (3D/leg): 18h40. UCI 4 (3D/dub): 21h30. Cinemais Alameda 4 (3D/dub): 14h (sab, dom), 16h25, 19h, 21h30 (todos os dias). Cinemais Jardim Norte 4 (3D/dub): 14h (sab, dom), 16h25, 19h, 21h30 (todos os dias). Santa Cruz 1 (dub): 16h, 18h30, 21h. Classificação: 14 anos

Minha fama de mau
UCI 1: 14h30, 17h10, 19h40, 22h15. Cinemais Jardim Norte 1: 15h45, 18h10, 20h40. Classificação: 12 anos

 

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