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Programação do carnaval é anunciada

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Atualizada às 19h30

Júlio Guedes é, de fato, o eterno Rei Momo de Juiz de Fora. Tanto que, neste ano, o folião morto em dezembro, aos 63 anos, será homenageado com a logomarca das festividades na cidade. “A majestade do carnaval”, como foi nomeada a criação da designer Júlia Möller, em conjunto com o artista plástico Daniel Rodrigues, traz no alto, à esquerda, uma pequena coroa simbolizando a personalidade carnavalesca. Em coletiva para a imprensa realizada ontem, o prefeito Bruno Siqueira (PMDB) contou que, após o falecimento de Júlio, a arte precisou ser alterada para reverenciar o homem cuja vida sempre esteve atrelada ao carnaval. Composta a Corte Real de 2015, cuja Rainha é Ana Cristina Rabelo, a primeira princesa é Isabela Lima e a segunda é Larissa Nogueira, além do Rei Momo Ronaldo Simplício, em seu segundo ano consecutivo (a eleição acontece de dois em dois anos), o “Mais carnaval”, como é chamada a festa local, começa uma semana antes da data oficial, como ocorreu no ano passado. De 4 a 14 de fevereiro, Juiz de Fora contará com uma programação que reúne blocos locais e cariocas e músicos de São Paulo e Rio de Janeiro.

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Segundo o prefeito, a antecipação da folia acontece mais uma vez devido ao pedido feito pela Liga das Escolas Independente de Juiz de Fora (Liesjuf), que aprovou os resultados de 2014. De acordo com Toninho Dutra, superintendente da Funalfa, houve um acréscimo de cinco mil foliões na Passarela do Samba no último ano. “Foi uma experiência, e o retorno da população foi bastante positivo. A grande maioria gostou. Queremos que as pessoas de Juiz de Fora aproveitem mais o carnaval”, comentou Bruno Siqueira, destacando a oportunidade de os juiz-foranos participarem das festas locais, mas também dos eventos mais tradicionais, como os blocos das cidades históricas e os desfiles das metrópoles.

Crescentes na cidade, os blocos se concentram, em sua maioria, na Praça Antônio Carlos, favorecendo o trânsito. Ao longo das últimas semanas, a Funalfa recebeu 70 pedidos de apoio a blocos e entidades carnavalescas . “Essas solicitações estão sendo avaliadas, e todas as demandas do mesmo bloco receberão uma resposta única. Já estamos chamando-os para conversar”, pontua Toninho, destacando a agilidade alcançada este ano, com a centralização feita pela Prefeitura para desburocratizar os organizadores de bloco, que antes precisavam recorrer a muitas secretárias para conquistar alvarás e outros documentos. Ainda assim, o superintendente ressalta que “alguns pedidos podem ser atendidos com restrições, já que existe um limite financeiro” da pasta. Sem alterações significativas nos últimos anos, o orçamento do carnaval segue em cerca de R$ 2 milhões, sendo quase R$ 1,5 milhões destinados aos desfiles das escolas de samba. A expectativa, segundo ele, é de que o público da Passarela do Samba se mantenha em 20 mil espectadores nas duas noites de desfiles.

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Batuques clássicos e contemporâneos

Enquanto o cada vez mais gigante bloco Come Quieto se mantém no Alto dos Passos, o Parangolé Valvulado muda de endereço e ocupa a Praça da Estação. “Tornou-se inviável que ele continuasse no Largo do Riachuelo”, diz Toninho Dutra, destacando o crescimento de 400 foliões para aproximadamente 12 mil em apenas quatro anos.

Um dos mais de 450 blocos que desfilarão pelas ruas do Rio de Janeiro, o Toca Rauuul também vive o mesmo crescimento, com seus quase 20 mil foliões ocupando a Praça Tiradentes, no Centro da capital fluminense. Resgatando as canções do Maluco Beleza, a trupe de 15 componentes, com baixo, guitarra, cavaco, sopros, percussões e vocais, desembarca no dia 6 de fevereiro em Juiz de Fora.

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Valorizando a interseção entre rock e samba proposta pelos garotos dos Los Hermanos, o bloco Pra Iaiá, do Rio, faz a festa na cidade no dia 10, com um repertório que vai das famosas “Todo carnaval tem seu fim”, até as menos conhecidas, como “Par”. Inserindo os barbudos no clima da folia, os 15 instrumentistas e os dois mestres de bateria e arranjadores dão cara nova a algumas composições. “A Flor” ganhou as batidas do funk, enquanto “O velho e o moço” ofertou seu lirismo ao ritmo da marchinha de carnaval. Como ciranda e maracatu, “O vencedor” também surge revitalizada e mais festiva. Botando para quebrar, a bateria da escola de samba Beija-Flor de Nilópolis também se apresenta na cidade, no dia 12, dois dias antes de a Banda Daki encerrar o “Mais carnaval”.

Mas nem só os recentes sucessos ganharão os palcos locais. De São Paulo, o Demônios da Garoa abre a folia no dia 4. “Tivemos pedidos para a volta deles e decidimos por trazê-los no primeiro dia”, comenta Toninho Dutra, referindo-se ao show que encerrou o carnaval de Juiz de Fora em 2014. Eduardo Dusek também dá espaço aos clássicos em apresentação no dia 5. Cantando medalhões como o indispensável “Tristeza pé no chão”, de Mamão, Sandra Portella faz show no dia 9, e o Ponto de Samba convida Fernamda Ca e Thaylis Carneiro dois dias depois. Para a criançada, o Trupicada mostra seu Trupifolia no Parque da Lajinha, no domingo do dia 8. Ao que tudo promete, quando chegar a quarta-feira de cinzas, os juiz-foranos já estarão bastante cansados.

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