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Grupo Roça Nova lança primeiro single e mostra seu ‘caipigroove’

(Foto: Vitória Dantas)

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Hector, João, Marco e Pedro – com os cachorros – integram o Roça Nova (Foto: Vitoria Dantas/Divulgação)

A música, assim como a biologia, tem toda uma série de divisões e subdivisões. No caso do estudo dos seres vivos, temos espécies, gêneros, famílias, ordens, classes, filos e reinos. Na música, o rock, jazz, blues, soul, pop e música eletrônica promovem cruzamentos que seriam impossíveis no campo biológico, e daí temos synth-pop, art-rock, grunge, shoegaze, dream pop, jazz-rock, samba-rock, forrócore, funk metal. Basta ter criatividade, arrumar um nome original e que tenha a ver com a proposta musical do artista.

Pois em Juiz de Fora acaba de surgir o caipigroove do quinteto Roça Nova, que lança nesta sexta-feira nas plataformas de streaming seu primeiro single, que leva o nome da banda, além de videoclipe no canal do grupo. O trabalho é uma prévia do futuro primeiro álbum, “Tramoia”, previsto para janeiro de 2021.

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Ao ouvir “Roça Nova”, o ouvinte pode entender melhor a proposta do quinteto formado por Pedro Tasca (vocal), Hector Eiterer (baixo), João Manga (bateria), Marco Maia (guitarra) e Bernardo Leitão (percussão). A música, produzida por Pedro, Marco e Henrique Vilella no Estúdio Nave, mistura o chamado rock rural com ritmos afro-latinos, e daí o “caipigroove” com o qual definiram a própria sonoridade _ e que ajudou na hora de batizar o projeto musical.

“O nome (da banda) surgiu como uma necessidade da gente, em um primeiro momento, definir qual o nosso estilo musical, pois sempre tivemos muitas dificuldades quanto a isso por não nos prendermos a um gênero específico”, explica Pedro Tasca.
“A ideia inicial era definir nosso estilo musical como ‘roça nova’, mas virou o nome da banda e do primeiro single. Com o tempo fomos percebendo nossas conexões, e hoje reconhecemos nossa identificação com o rock rural que existia em Sá e Guarabyra, por exemplo, e misturamos isso com a ligação do João e do Leitão com os ritmos afro, latinos e brasileiros, como o congado e o baião.”

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Como influências mais diretas, Pedro enumera alguns dos nomes e/ou estilos vindos de cada integrante, que passam pelo percussionista Naná Vasconcelos, grupos do mangue beat como Chico Science e Nação Zumbi e Mestre Ambrósio, os guitarristas Santana e Jimi Hendrix, as guitarradas do Norte do país, jazz mineiro e a turma do Clube da Esquina.

Para negociar esse caldeirão de influências, o vocalista afirma que a amizade entre os cinco facilita a comunicação nessas horas, sem brigas de egos. “Isso nos ajuda a ter uma produção musical e artística muito colaborativa. Todo muito tem muita autonomia e liberdade nos próprios arranjos, e procuramos selecionar as canções dentro de um conceito básico do nosso material. Buscamos para o primeiro álbum as músicas que estivessem dentro dessa referência do caipigroove”, diz. “E a gente já tinha também um ano de estrada, em que tocamos bastante em Juiz de Fora, então tivemos um feedback do público para saber o que era mais urgente de ser lançado.”

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