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Subefeito lança videoclipe de ‘Hora da merenda’

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A banda juiz-forana Subefeito lançou na última semana seu mais novo videoclipe. “Hora da merenda” é mais uma animação em 3D criada e dirigida pelo guitarrista e vocalista Davi Ferreira, que integra o grupo com a baterista Fabíola Martins e o baixista Roni Souza, e demorou dois anos para ficar pronto. A primeira experiência de Davi com a produção em animação 3D foi com “Reptilianos”, lançado há cinco anos. Os dois trabalhos podem ser conferidos no canal do artista no YouTube.

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“Hora da merenda” faz parte do álbum “Dizer o que tem que ser dito”, de 2015, e é uma crítica à situação das escolas públicas brasileiras e sobre a importância do saber para a melhoria da condição social das pessoas. A ideia de um vídeo para a música surgiu no ano seguinte, ainda como live-action, mas não foi para frente. Com o lançamento em audiovisual de “Terra para todos”, em fevereiro de 2020 – e que tinha partes em animação 3D -, Davi retornou à ideia abandonada do videoclipe, porém totalmente em animação.

“Na época (depois que fizemos o ‘Reptilianos’), tentamos fazer o vídeo em live-action, procuramos atores, vimos locação, mas o orçamento ficaria muito caro e interrompamos a produção”, conta. “Como sou um entusiasta e autodidata amador do 3D, decidimos fazer esses dois vídeos no formato. Fizemos primeiro o ‘Terra para todos’ – que se passa num futuro pós-apocalíptico ambiental -, que tem uma parte em live-action, em que a banda aparece tocando. No caso de ‘Hora da merenda’, resolvi fazer 100% em animação 3D porque quero desenvolver meu trabalho nessa área.”

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Segundo Davi, ele anotou no roteiro o dia exato em que começou a trabalhar no projeto: 8 de fevereiro de 2020. Com a chegada da pandemia, ele teve sua jornada de trabalho reduzida e pôde se dedicar mais à produção. Mesmo assim, foram praticamente dois anos mergulhado no processo de conclusão do videoclipe, que teve ponto final em 31 de janeiro.

Sobre letra e música, Davi Ferreira explica que a inspiração veio de sua experiência, na adolescência, como aluno da Escola Normal, há pouco mais de 20 anos, antes de a instituição pública de ensino passar por uma reforma. “A música foi criada para criticar a situação da educação pública no Brasil, a partir de situações que vivi. Praticamente não tive aulas de matérias importantes como biologia, e também passei pela situação da professora que não conseguia dar aula, surtou e deixava os alunos fazerem o que quisessem. E ainda teve a professora que enfartou na sala de aula”, relembra.

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“Mas também tive vários professores muito bons, engajados, que apesar das condições absurdas – como falta de material básico para dar aulas, como giz – faziam o melhor para educar os alunos. Se aquela era a melhor escola pública da cidade, como diziam, imagine as piores”, acrescenta Davi, que afirma ter participado de vários projetos em escolas de periferia e viu de perto a situação crítica desses estabelecimentos.

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