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Muito chicote por nada

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Falta pimenta no relacionamento entre a jovem submissa e o empresário dominador em “Cinquenta tons de cinza”

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Poderia um livro inspirado na série adolescente “Crepúsculo” tratar de sexo, sadomasoquismo e fetiches afins e ainda ser um sucesso? Por incrível que pareça, sim: a trilogia “Cinquenta tons de cinza”, da britânica E. L. James, foi traduzida para mais de 50 países e vendeu 100 milhões de cópias. Como Hollywood não é besta de perder uma oportunidade dessas, US$ 50 milhões foram pagos para se ter o direito de adaptar o livro para a tela grande, e o resultado pode ser conferido a partir desta quinta-feira nos cinemas de todo o mundo – incluindo o Brasil.

Coube à diretora Sam Taylor-Johnson levar para a sétima arte o livro que é jocosamente tachado por muitos de “pornô para donas de casa” e já receber, nas primeiras exibições, as críticas por transformar a trama fetichista em mais uma história de amor no estilo “Sessão da tarde”. O enredo, a princípio, continua o mesmo: Anastasia Steele (Dakota Johnson, sexy feito uma persiana nos trailers) é uma guria de 21 anos, que nunca namorou ou fez sexo, que estuda literatura, trabalha em meio expediente e é escalada, na última hora, para uma entrevista para o jornal da universidade. O entrevistado é ninguém menos que o bem-sucedido, atraente, brilhante, dominador e milionário empresário Christian Grey (o nem um pouco convincente “pegador” Jamie Dornan), o tipo do sujeito que fez sucesso graças à própria competência, e um inesperado clima surge entre os dois.

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Com o interesse mútuo, Grey e Steele se encontram, se envolvem, e a jovenzinha fica encantada pelo charme, personalidade e demais atributos do rapaz. O que ela ainda não sabe é que o empresário de sucesso tem um lado obscuro, que poucos conhecem. Ele a convence a participar de seu mundinho particular, e é aí que a porca vai torcer o rabo para o lado da estudante, que terá de aprender a viver na base do chicote, da algema e apetrechos mil, além de ter de lidar com a personalidade extremamente controladora e dominadora de Christian Grey.

Se o livro já poderia ser considerado um “guia sadomasoquista soft para iniciantes”, Taylor-Johnson ainda tirou muito da (pouca) graça que havia no trabalho de E. L. James, promovendo uma versão extremamente pudica do jogo de dominação-submissão existente na trilogia. A falta de carisma da dupla de protagonistas, então, torna tudo ainda mais difícil, deixando o relacionamento sem o menor teor de sal. Perto de filmes como “Ninfomaníaca”, “The brown bunny” e “Instinto selvagem”, “Cinquenta tons de cinza” poderia ser considerado uma espécie de “A noviça rebelde” do gênero.

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CINQUENTA

TONS DE CINZA

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UCI 4: 13h30, 16h05, 18h40, 21h15 (todos os dias) e 23h50 (sexta-feira e sábado). UCI 5 (dub): 13h, 15h35, 18h10, 20h45 (todos os dias) e 23h20 (sexta-feira e sábado). Cinemais 1: 14h30, 17h, 19h30 e 22h. Cinemais 2 (dub): 14h, 16h30, 19h e 21h30. Palace 1 (dub): 14h, 16h30, 19h e 21h30 (exceto segunda-feira). Santa Cruz 1 (dub): 13h45 (quinta-feira, sessão exclusiva feminina), 16h15, 18h45 e 21h15 (exceto sábado)

Classificação: 18 anos

Brad Pitt é o comandante do tenso e claustrofóbico tanque de guerra em “Corações de ferro”

A guerra como ela é

Nem tudo é perfeito na carreira de Brad Pitt, mas o ator continua se esforçando para trabalhar em filmes que façam jus a seu talento. A mais recente produção estrelada por ele é o drama de guerra “Corações de ferro”, de David Ayer. Com um clima que pode remeter a filmes como “Marcados para morrer”, “Platoon”, “Sahara” e “O resgate do soldado Ryan”, o diretor parte de um pequeno grupo de soldados espremidos no espaço exíguo de um tanque M4 Sherman para contar os horrores do conflito que devastou a Europa durante a II Guerra Mundial.

A história se passa nos momentos finais do conflito em solo europeu, tendo como cenário a Alemanha arrasada pelo ataque dos Aliados. Cinco militares americanos têm o tanque como o seu pequeno e claustrofóbico mundo num ambiente degradante, em que vencedores e vencidos carregam as marcas deixadas pela guerra. Seja nos impressionantes momentos de combate ou de aparente calmaria, dentro ou fora do veículo blindado, “Corações de ferro” mostra os dramas que podem ser vividos por seres humanos colocados em situações-limite.

Por isso, que o cinéfilo não espere um filme convencional, com os americanos representando o “bem” e os nazistas, o “mal”. Na trama, os soldados não têm pudores em matar alemães desarmados e que já haviam se rendido. Nos dias atuais, todo mundo sabe que guerra sempre esteve muito distante do romantismo de outrora, em especial o da I Guerra Mundial.

CORAÇÕES DE FERRO

UCI 3: 13h30 e 21h30

Classificação: 16 anos

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