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Maggie Q mata geral em “A profissional”

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O diretor Martin Campbell tem uma carreira cinematográfica marcada por altos e baixos. Estão no currículo do cineasta neozelandês de 78 anos sucessos como “007 contra GoldenEye” (1995) e “Cassino Royale” (2006), longas que marcaram as estreias – respectivamente – de Pierce Brosnan e Daniel Craig no papel do agente secreto James Bond, além de “A máscara do Zorro” (1998).

Porém, ele também é um dos culpados por “Lanterna Verde” (2011), uma das piores adaptações de histórias em quadrinhos para o cinema realizadas na década passada. “A profissional”, longa de ação que estreia nesta quinta-feira, reúne um time de astros (Maggie Q, Samuel L. Jackson e Michael Keaton) na tentativa de mostrar que Campbell ainda tem o que mostrar para Hollywood.

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Acostumada a dar socos e tiros como protagonista da série “Nikita”, Maggie Q retorna ao papel da assassina implacável em “A profissional” (Foto divulgação)

A produção chega com uma premissa que joga para não perder, valendo-se de clichês já vistos em filmes como “O profissional” (1994, com Jean Reno, Natalie Portman e Gary Oldman) e, mais recentemente, “Kate”, estrelado por Mary Elizabeth Winstead: a criança/adolescente que é treinada por um matador profissional com o objetivo de fazê-la sua sucessora ou para ajudá-la em sua vingança. Para completar, um vilão de almanaque e uma reviravolta muitas vezes absurda e gratuita.

No caso de “A profissional”, a protagonista é Anna (Maggie Q, da série “Nikita” e filmes como “Missão: Impossível 3”). Ela tem seus pais assassinados ainda criança e é resgatada, no Vietnã, por Moody (Samuel L. Jackson), um assassino profissional que decide criá-la como sua filha – e também colocá-la no mesmo “ramo profissional”. Com o passar dos anos, ela acaba se tornando uma das melhores matadoras por encomenda do mundo, escondendo sua atividade criminosa por meio da imagem de uma pacata dona de sebo de livros em Londres.

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O cotidiano de “vende um livro aqui, mata um sujeito ali” é abalado quando Moody é assassinado. Anna não pensa duas vezes em tentar descobrir quem matou seu mentor/pai, o que a levará de volta ao Vietnã. Para ajudar ou complicar sua missão de vingança, entra em cena o misterioso Rembrandt (Michael Keaton), que além de obcecado pela assassina obviamente não é flor que se cheire – o que não impede, entretanto, que os dois entrem numa espiral de tensão sexual.

Com a trama nada original montada, “A profissional” promete entregar aos fãs dos longas de ação aquilo que se espera de produções do gênero: muita pancadaria, tiroteios, plot twists, frases de efeito e diversão escapista – e com a vantagem de ter na direção um cineasta acostumado a pagar seus boletos trabalhando nessa industrial vital.

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Se vale a pena o ingresso, aí fica por conta do freguês; mas o filme, pelo menos, faz parte de uma leva que aposta no protagonismo feminino em um microcosmo cinematográfico que era território majoritariamente masculino até pouco tempo atrás.

 

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