Site icon Tribuna de Minas

Museu do UniAcademia reabre as portas e planeja novas mostras

PUBLICIDADE
Segundo pavimento abriga o museu de história natural, que tem vários animais taxidermizados (Foto: Divulgação)

Fechado por quase dois anos devido à pandemia de Covid-19, o Museu do UniAcademia voltou a receber público. Localizado no prédio do Centro Universitário e do Colégio Academia, o espaço mantém atualmente em exibição cerca de 1.700 peças que podem ser conferidas de segunda a sexta-feira, das 13h às 17h, com entrada gratuita. Em caso de visitas guiadas, o agendamento pode ser feito pelo e-mail museuacademiaces@uniacademia.edu.br. O museu tem, ainda, outras 80 mil peças armazenadas em sua reserva técnica, sendo que parte delas deve ser utilizada em novas exposições já em planejamento.
“Pensamos em fazer uma exposição de animais peçonhentos, porque temos uma coleção fantástica. Também temos uma coleção muito legal de besouros e outros animais, que estão todos guardados na reserva técnica”, diz a curadora e responsável pela monitoria do museu do Centro Universitário Academia (UniAcademia), Helba Helena Santos Prezoto. “Estamos avaliando a questão do tempo para a flexibilidade de visitação, mas faz parte dos nossos objetivos para os próximos meses.”

Acervo variado

Com uma área total de 12 mil metros quadrados, o Museu do UniAcademia exibe atualmente no primeiro de seus dois pavimentos a exposição de peças de etnologia indígena e africana, com cerca de 400 peças indígenas de etnias nacionais e africanas – há mais 3.600 em reserva técnica, além de peças de outras etnias. O segundo pavimento abriga o museu de história natural, com 1.300 peças de fósseis, minerais, rochas, animais, ossos e réplicas de peças raras em exposição. A reserva técnica tem cerca de 30 mil itens.

PUBLICIDADE
Arara taxidermizada

Segundo Helba, a coleção material do museu teve início em 1920, tendo como principal colecionador e fundador o professor Padre Leopoldo Krieger. Ainda de acordo com a curadora, a exposição museológica começou em 1992, tendo sido aberta ao público em 1997.
A guia e monitora do museu Taliê Dutra cita algumas das peças que mais chamam a atenção do público visitante.
“De todas as peças em exposição, a que é sempre mais comentada e procurada pelos visitantes é a réplica do crânio do Tyrannosaurus rex. Ela veio da Alemanha em 1998. Outro exemplar que chama atenção dos visitantes é o bezerro de duas cabeças, que exemplifica um caso de mutação gênica. Nas vitrines, por exemplo, temos uma grande biodiversidade, e dentre elas destacamos a vitrine dos artrópodes e a montagem de como são os ecossistemas brasileiros e a interação que acontece nesses ambientes”, enumera.

Réplica de crânio de tiranossauro rex (Foto: Divulgação)

Cuidados com a manutenção do museu

Com as incertezas e perigos advindos da pandemia, o Museu do UniAcademia – a exemplo de outros espaços semelhantes – precisou fechar as portas em março de 2020. Helba Helena conta que o museu ficou fechado pelos primeiros seis meses, com o retorno se dando apenas para atividades internas, principalmente para manutenção das peças. “Ela tem que acontecer de forma constante, principalmente a manutenção do acervo de história natural, porque é um material orgânico. Eles têm uma predisposição a mofo e ataque de insetos que podem danificar as peças. Então, esse monitoramento, cuidado, higienização e limpeza foram acontecendo de forma periódica durante o período em que o museu estava fechado”, explica.

PUBLICIDADE
Primeiro pavimento tem exposição de peças de etnologia indígena e africana (Foto: Divulgação)

Durante esse período, a responsável pela curadoria do museu ressalta que a instituição apostou no virtual para manter-se próximo do público. “Tivemos uma série de visitações on-line com alunos de escolas. Então, pelo próprio celular, as professoras criaram salas de reuniões e as crianças em suas casas participavam das visitas, e nós do museu fazíamos a apresentação das peças. Dessa forma, não ficamos totalmente sem atender o público, mas foi aberto on-line aos próprios alunos do Colégio Academia. Tivemos outras pessoas que fizeram contato por e-mail que tinham interesse em conhecer o museu e que não eram de Juiz de Fora, e fizemos a apresentação.”

Tempo para reavaliações

A curadora comentou, ainda, sobre como foi lidar com o longo período de portas fechadas e o sentimento com o retorno presencial do público. “Esse período de isolamento em que ficamos trabalhando internamente foi importante para a reestruturação e classificação das peças. Principalmente porque, na parte de história natural, a classificação taxonômica dos seres vivos normalmente sofre mudanças, e tivemos a oportunidade de reavaliar todas as peças e fazer correções quando necessário. Fizemos mudanças internas de documentações e plaquetas dos indivíduos para inserir a logo do UniAcademia”, relata.
“Também reorganizamos alguns pontos que eram necessários, mas sempre na expectativa do retorno, de poder receber o público novamente, de receber as escolas. A gente sentiu muita falta das apresentações, do contato com as pessoas, da participação e também da surpresa das pessoas quando percebem a estrutura e conhecimentos presentes no museu.”
Helba Helena aproveita para destacar que foi possível aproveitar esse período para reavaliar toda a estrutura e as possibilidades do museu. “Na verdade, já bem no início da pandemia começou a existir uma parceria entre cursos. Por exemplo, alunos do curso de marketing e do curso de sistema de informação e engenharia de software que desenvolveram um projeto para fazer um registro fotográfico de todas as peças para que os visitantes possam, de longe e via internet, conhecer as peças. Mas isso é a longo prazo.”

PUBLICIDADE

Exit mobile version