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‘Homem-Aranha no Aranhaverso’ estreia nesta quinta-feira

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Conhecidas pelos fãs dos quadrinhos, versões do Homem-Aranha se encontram na animação ‘Homem-Aranha no Aranhaverso’

Com oito filmes live-action no currículo neste século (sendo seis solo), era de se imaginar que o Homem-Aranha ganharia um descanso para evitar o desgaste do personagem. Mas 2019 vai ter overdose do Amigão da Vizinhança em nada menos que três filmes: além de “Longe de casa”, segunda parceria da Sony com a Marvel, previsto para estrear em 4 de julho, o herói deve dar as caras em “Vingadores: Ultimato”, que chega aos cinemas em 25 de abril, e é a (múltipla) estrela de “Homem-Aranha no Aranhaverso”, animação produzida pela Sony que estreia no Brasil nesta quinta-feira (10) gabaritada pelo Globo de Ouro em sua categoria, conquistado no último domingo (6), e que coloca o longa como favorito para o Oscar, que anuncia seus vencedores em 24 de fevereiro.

E para quem acha que tem pouco Aranha no cinema, “Spider-Man: into the Spider-Verse” (título original em inglês) promete uma verdadeira overdose aracnídea, com nada menos que nove versões do personagem na tela grande e conhecidas do público leitor de quadrinhos: além do protagonista Miles Morales (o segundo a vestir o uniforme do herói no Universo Ultimate, a Terra-1610), o filme tem um adulto e cansado Peter Parker/Homem-Aranha da Terra-616 (considerado o “universo principal” da Marvel); o jovem Peter Parker do Universo Ultimate; o Homem-Aranha Noir (Terra-90214, da década de 1930); Spider-Gwen (Terra-65, em que Gwen Stacy, e não Parker, ganha os poderes ao ser picada por uma aranha radioativa); Peni Parker (guria nipo-americana da Terra-14512, que controla um traje mecânico, o SP // dr, ao lado de uma aranha radioativa); o Homem-Aranha da Terra-67 (a do desenho animado dos anos 60, famoso pela canção-tema que ganhou versão dos Ramones); o Porco-Aranha da Terra-8311, um suíno que adquiriu seus poderes ao ser picado por uma aranha radioativa; e Miguel O’Hara, o Homem-Aranha 2099, da Terra-TRN588.

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Aranhas de vários universos

Praticamente toda a ação se passa na Nova York da Terra-1610, em que o Homem-Aranha é um herói popular e o adolescente Miles Morales ganhou seus poderes ao ser (advinha?) picado por uma aranha radioativa. Ainda sem saber como lidar com o dom adquirido, o jovem topa com um laboratório escondido de Wilson Fisk, o Rei do Crime, comandado pela versão Ultimate – e feminina – do Doutor Octopus, que construiu um acelerador de partículas para que o vilão possa alcançar dimensões alternativas e, assim, reencontrar sua esposa e filho, mortos em seu universo.

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Quem também dá as caras é o Homem-Aranha, que morre após tentar – sem sucesso – desativar o artefato em uma luta com o Duende Verde, Gatuno (o tio de Miles Morales) e o Rei do Crime, mas antes alerta o jovem de que o acelerador de partículas vai destruir o Brooklyn se for acionado novamente e entrega a ele um pendrive com instruções para desativar o equipamento.

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Sozinho e sem saber como lidar com os poderes recém-adquiridos, Miles logo descobre que o acelerador de partículas arrastou para sua realidade o Peter Parker da Terra-616, que se dispões a ajudá-lo a aprender como usar seus dons para, depois, desativar o equipamento do Rei do Crime e voltar para seu universo. Entretanto, eles descobrem que outras versões do Amigão da Vizinha também pararam no Universo Ultimate: o Aranha Noir, o Porco-Aranha, Peni Parker e seu SP // dr e a Spider-Gwen. Todos se unem para impedir os planos do Rei do Crime e voltar para suas realidades, pois a permanência deles na Terra-1610 está deteriorando seus corpos, e a morte é questão de pouco tempo.

Sucesso improvável – e com uma continuação a caminho

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Quando foi anunciada a produção de “Homem-Aranha no Aranhaverso” para o cinema, a notícia causou surpresa, pois as animações são consideradas um produto ‘menor’ na adaptação dos super-heróis e geralmente são feitas mirando o mercado de DVDs e streaming – que costuma ser uma área dominada pela rival DC Comics/Warner, bem-sucedida com versões de histórias do Batman, Liga da Justiça e outros heróis.

A única animação relevante que chegou aos cinemas desde o boom dos filmes de super-heróis foi “Os Jovens Titãs em ação!”, ano passado, muito mais como “tapa-buraco” para cobrir a ausência de produções live-action pelo lado DCnauta, restrita apenas a “Aquaman”. A Marvel/Disney, por sua vez, produz algumas séries animadas para TV, mas nada com maior repercussão fora do nicho de fãs das HQs. Por isso, a aposta da Sony foi vista, principalmente, como um plano B para o caso de um fracasso de “Venom”, derivado live-action com um dos mais conhecidos vilões do Homem-Aranha e que ninguém levava muita fé.

Pois a Sony, veja só, acertou nos dois alvos. Apesar das críticas negativas, “Venom” faturou US$ 855 milhões no mundo todo até a última segunda-feira (6), segundo o site Box Office Mojo, graças principalmente ao mercado chinês. “Homem-Aranha no Aranhaverso”, que estreou nos Estados Unidos e outros países em 14 de dezembro, já somou US$ 276 milhões até a última terça-feira (7) – nada mal para uma animação que custou US$ 90 milhões, o que já fez o estúdio se empolgar para uma provável continuação e um longa derivado, ainda mais depois de ganhar um Globo de Ouro pelo filme e o favoritismo no Oscar na categoria melhor animação em longa-metragem.

Vale lembrar, ainda, que o sucesso de “Homem-Aranha no Aranhaverso” não se deve apenas ao carisma do time de protagonistas e dos elogios da crítica. Além do cuidado com a animação, acima da média para o gênero, a produção dirigida pelo trio Bob Persichetti, Peter Ramsey e Rodney Rothman conta com um time de dubladores que faz valer a pena escolher a versão com legendas: Shameik Moore (Miles Morales); Jake Johnson, da série “New girl” (Peter Parker da Terra-616); o oscarizado Mahershala Ali (Gatuno); o também oscarizado Nicolas Cage (Homem-Aranha Noir); Liv Schereiber (Rei do Crime); Chris Pine (Peter Parker do Universo Ultimate); Hailee Steinfeld (Spider-Gwen); Brian Tyree Henry (o pai de Miles); Zoë Kravitz (Mary Jane). E não poderia faltar, claro, Stan Lee, morto em dezembro passado, mais uma vez interpretando a si mesmo em uma produção da Marvel.

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