A Funalfa anunciou na tarde desta sexta-feira (9), na sede da Prefeitura, duas novidades a respeito do Corredor Cultural, que estava agendado para o final de maio, mas teve que ser adiado por conta dos transtornos provocados pela greve dos caminhoneiros. Uma delas é a nova data do evento, marcado para acontecer de 14 a 16 de dezembro. A outra é o apoio da Unimed Juiz de Fora por meio da Lei Rouanet, primeiro financiamento através da iniciativa na cidade em anos.
O anúncio contou com a presença do prefeito Antônio Almas (PSDB), do superintendente da Funalfa, Zezinho Mancini, do secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, Rômulo Veiga, e do presidente da Unimed Juiz de Fora, Hugo Borges. De acordo com Zezinho Mancini, o Corredor Cultural deve ter a mesma estrutura que haveria em maio, entre 60 e 70 atrações que resultam em aproximadamente cem atividades culturais em diversos pontos de Juiz de Fora, todas gratuitas, mantendo assim a intenção de incentivar o morador a conhecer a cidade.
“Nós convidamos primeiramente os artistas que haviam sido selecionados para o evento em maio, e dependemos da disponibilidade deles para confirmar as atrações”, explicou. “Havendo desistências, nossa intenção é convidar outros artistas para ocupar as vagas. Também há a questão da disponibilidade dos espaços, pois alguns que seriam utilizados no Corredor Cultural já têm eventos marcados para a nova data.”
Além do anúncio da data, a novidade ficou por conta do apoio da Unimed Juiz de Fora por meio da Lei Rouanet. Segundo Rômulo Veiga, o edital foi lançado no início do mês, e a operadora de plano de saúde firmou parceria com o Governo Municipal. A cota da Unimed será de R$ 100 mil, enquanto a Funalfa vai arcar com o valor restante, estimado em cerca de R$ 120 mil. Ainda de acordo com Rômulo, este é apenas o 11º financiamento cultural realizado na cidade pela Lei Rouanet desde sua criação, em 1991, e o primeiro desde quando o Festival de Música Antiga e Colonial conseguia apoio por meio da iniciativa. Esta é, ainda, a primeira vez que a Funalfa consegue financiar o Corredor Cultural a partir do incentivo permitido pela legislação, algo que vinha sendo tentado nos anos anteriores.
“Espero que essa parceria seja o início de um processo virtuoso que pode afetar a cultura e o esporte na cidade, influenciando outras empresas. Calculamos que cerca de R$ 60 milhões poderiam ser investidos em cultura na cidade por meio dessa modalidade de reversão de recursos”, diz Rômulo, acrescentando que a Lei Rouanet permite às empresas investir em cultura até 4% do Imposto de Renda que elas têm a pagar.
Parceria é bem-vinda
O prefeito Antônio Almas destaca que a realização do Corredor Cultural ainda em 2018 só foi possível graças à parceira com a Unimed Juiz de Fora, uma vez que a Funalfa não teria recursos suficientes para arcar sozinha com o evento. Ele lembrou, ainda, que isso pode ser evidenciado pelas dificuldades enfrentadas pela Prefeitura, que espera o repasse de R$ 13 milhões de ICMS por parte do Governo do Estado — valor, ainda de acordo com ele, equivalente ao orçamento anual da Funalfa. “Hoje vivemos um marco numa relação que pode render muitos frutos entre os setores público e privado. O setor de cultura é muito importante para que a cidade tenha qualidade de vida”, comemora Antônio Almas, salientando o fato de que a Unimed terá a oportunidade, graças ao investimento na Lei Rouanet, de poder ver onde o dinheiro está sendo investido e fiscalizar sua utilização.
Para o presidente da Unimed Juiz de Fora, Hugo Borges, a parceria veio em momento oportuno, uma vez que — para a empresa — arte e saúde estão ligadas. “Sempre foi uma vocação do Sistema Unimed procurar esse tipo de evento. Quando o edital saiu, foi a oportunidade perfeita. Felizmente deu tudo certo, e não deixa de ser um presente da Unimed para Juiz de Fora quando comemoramos nossos 45 anos.”