Site icon Tribuna de Minas

Matheus Engenheiro lança “Chega devagar”

PUBLICIDADE
Matheus Engenheiro chega ao segundo single após ter a produção adiada por causa da pandemia (Foto Divulgação)

Ansiedade é um bicho danado que todo mundo já teve em algum momento. É aquela expectativa pelo que está para acontecer, imaginar o que vai rolar, como vai terminar, se tudo vai dar certo. E aí é normal ter aquela sensação de que algo vai dar (muito) errado, o coração dispara, você não dorme direito, ensaia mil coisas que não vai conseguir falar ou fazer. Daí, quando se percebe, tá lá a insegurança de mãos dadas com a ansiedade. Junte tudo isso à necessidade de mais sensibilidade e delicadeza nas relações e você tem o pop alternativo de “Chega devagar”, novo single de Matheus Engenheiro, lançado na última sexta-feira (4) nas plataformas de streaming. O trabalho foi produzido pelo próprio Matheus e também por Pedro Sodré e Rudah Maciel Guedes.

A música chega agora, no final do terceiro trimestre, por causa de um dos gatilhos de 2020 para a ansiedade: a pandemia do novo coronavírus. Matheus _ que foi infectado pela Covid-19 logo no início da pandemia – conta que a canção começou a ser trabalhada no final de 2019, mas que deram uma pausa quando teve início a quarentena e só recentemente retomaram a produção, e mesmo assim à distância. “Já havia gravado a voz lá no Rio de Janeiro antes da pandemia, e quando vimos que ia demorar, nos adaptamos, gravamos as partes dos instrumentos em nossas casas. Achei importante lançar agora por medo de perder o timing, o contexto com o passar do tempo. Fizemos o possível, pois a gente não consegue parar”, diz. “Experimentei ficar parado um pouco, foi bem ruim.”

PUBLICIDADE

Para acompanhar o single, Matheus Engenheiro dirigiu um videoclipe, que será lançado no próximo dia 21, em parceria com Rodrigo Coelho, mais coreografia de Thiago Williams e figurinos de David Lee. “O vídeo foi adaptado a essa situação. Quando tive a ideia, sabia que não poderia fazer tudo que queria. Usamos apenas locações da família, a fazenda dos meus sogros, e uma parte em estúdio. Mesmo assim, uma gravação que deveria ter dez pessoas tinha apenas três, para evitar aglomeração”, conta Matheus, que ainda guarda lembranças de quando esteve doente. “É bem pesado, não quero isso pra ninguém. Por causa disso sou ‘o maluco dos cuidados’ na família, morro de medo pela minha avó, minha mãe. Busco estar distante delas, tanto que minha mãe mandou um vídeo da minha avó ouvindo a música pela primeira vez, dançando na sala”, relata.

Influências musicais

Como nem tudo são espinhos nessa vida, falar sobre as influências musicais (Madonna, Lily Allen, Lana del Rey, Rita Lee, Marina Lima e Lorde, entre outras) dá uma animada no astral do artista, que somente ao ser questionado percebeu que são apenas as artistas femininas que fazem a sua cabeça. “Não tinha reparado, mas para mim não é uma surpresa. Desde a infância que sempre gostei muito de ouvir vozes femininas. Da Madonna eu gosto desde os 3 anos, acho que no início era uma parada estética, mas depois que crescemos vemos outras coisas que elas inspiram, como você se amar, se aceitar, gostar do que você é, ser um menino gay que não tinha liberdade para falar com ninguém. E elas são artistas que sempre têm alguma coisa relacionada ao tema, te inspiram a falar sobre essas coisas com a família, e de forma leve.”

PUBLICIDADE

Quanto ao futuro, Matheus Engenheiro espera lançar o terceiro single da carreira ainda em dezembro. Para tanto, é preciso equilibrar o lado artista com a parte profissional _ no currículo de designer e artista visual, ele tem trabalhos com MC Xuxú, Elza Soares, Luciana Mello e Alice Caymmi. “Eu tenho uma vida dupla. Decidi começar a produzir as coisas que escrevo, mas tenho que conciliar com o que vai pagar minhas contas. Antes de mudar para o Rio para tentar desbravar minha vida profissional e artística, achava que nunca estaria cansado, só que não é bem assim. Trabalho o dia inteiro, chego em casa às 21h para depois ir ao estúdio, acaba que não tenho o mesmo foco. Mas, se a vida seguir o rumo que eu quero, a tendência é diminuir meu ritmo profissional, até poder ser cantor full time.”

Exit mobile version