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Miltinho, intérprete de grandes sucessos dos anos 1960, é cremado no Rio

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Rio de Janeiro – O corpo do cantor Miltinho foi velado das 9h às 17h desta segunda (8) no Memorial do Carmo, na zona portuária do Rio, antes da cremação, em cerimônia reservada à família. Intérprete da música popular brasileira de grande sucesso na década de 1960, Milton Santos de Almeida, o Miltinho, morreu no domingo (7), aos 86 anos, de parada cardíaca, no Hospital do Amparo, no Rio Comprido, Zona norte da cidade. Segundo familiares, ele estava internado há dois meses para tratamento de um problema pulmonar.

Miltinho era carioca e começou a cantar na década de 1940, como vocalista de importantes grupos musicais da época, entre eles os Anjos do Inferno, que chegou a viajar aos Estados Unidos, acompanhando a cantora Carmen Miranda. Na década seguinte, foi crooner da Orquestra Tabajara, de Severino Araújo, e do grupo Milionários do Ritmo, de Djalma Ferreira.

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A carreira solo teve início em 1960 e Miltinho, com uma voz e um estilo muito característicos, logo alcançou o sucesso popular, com a gravação de canções como “Mulher de 30” (de Luiz Antonio), “Palhaçada” (de Luiz Reis e Haroldo Barbosa) e “Mulata assanhada” (de Ataulfo Alves). Nos anos 1970, gravou uma série de discos, intitulada “Dóris, Miltinho e charme”, em parceria com a cantora Dóris Monteiro.

“Miltinho era um desses cantores de estilo, com uma voz anasalada e todo um sentido de ritmo, que ele exercia com opulência em qualquer coisa que cantasse. No samba, especialmente no samba-canção, foi um dos maiores intérpretes, pela excepcionalidade do estilo”, definiu Ricardo Cravo Albin, pesquisador e historiador da música popular brasileira.

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Em 2008, o cantor foi tema de um documentário, “No tempo de Miitinho”, de André Weller, vencedor, no ano seguinte, do prêmio de melhor curta brasileiro no festival É tudo verdade”. No depoimento para o filme, Miltinho afirma: “Eu não sou astro de coisa nenhuma. Sou apenas um mero cantor de samba. O que me honra muito”.

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