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Quase anônimos super famosos

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Com 170 mil seguidores no Instagram, Marcela Fabri se destaca entre os juiz-foranos nas redes sociais

Mais de 169 mil internautas viram a borboleta que pousou na mão de Marcela Fabri na última terça-feira. A fotografia está no Instagram. Mais de 300 mil internautas receberam notificação com Henry Nogueira, o Henrytado, contando o motivo de ter raspado seu cabelo. O vídeo está no YouTube. Números superlativos para cotidianos prosaicos. Como a sessão de aperfeiçoamento da tatuagem que a designer de moda Christiane Hensel carrega na perna direita, realizada na última sexta-feira e acompanhada por mais de 30 mil seguidores no Instagram. Ou o sábado em que o cirugião-dentista Tomás Antunes passou na especialização em endodontia, visto por mais de 24 mil de seguidores na mesma rede social.

Longe do tom professoral e intelectualizado, os internautas juiz-foranos que ganham visibilidade apresentam seus corpos e suas rotinas, recebendo em troca milhares de curtidas. “Sempre gostei de fotografia, tanto de ser fotografada quanto de fotografar – tenho cursos de fotografia, e essa já foi minha profissão -, mas o Instagram sempre foi um passatempo sem ambições. O crescimento acabou se dando de forma natural, mas acho que a questão das tatuagens e do estilo diferente pode ter contribuído”, justifica Marcela Fabri, que, aos 27 anos, encontra sua independência financeira nas redes.

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Fuga virtual

Refúgio, a internet servia a Henry Nogueira como alternativa para se prevenir do bullying. De competidor de League of Legends reconhecido nacionalmente a youtuber, Henrytado descobriu outro mundo e si mesmo. “A internet mudou minha vida, porque eu tinha medo de ser quem eu era. E hoje as pessoas gostam de mim pelo que sou. As pessoas me acompanham porque me acham engraçado. Elas pensavam: Ele é gay e joga!”, ri ele, hoje morando em São Paulo e empunhando fortes bandeiras, como a que lhe permitiu integrar a campanha mundial do YouTube #OrgulhoDeSer.

Ainda que a espontaneidade seja parte de uma fórmula de sucesso, esses internautas, que desfrutam de um prestígio desproporcional para o tamanho de Juiz de Fora (Henrytado tem vídeos com número de visualizações que superam a população local), conhecem bem os limites que o ofício impõe. “Levo muito a sério minhas postagens. Tento ser transparente e mostrar um lado positivo da vida”, diz Henry.

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O filtro de Marcela passa pelo belo, pelo que resultará em impacto estético, mas, também, pelas cifras: “Tenho total consciência de que minhas redes sociais atingem um público de todas as idades, de diferentes características e personalidades e, por isso, procuro sempre postagens que não sejam ofensivas, polêmicas ou que possam gerar algum desconforto em qualquer parte do público. E sempre posto o que eu desejo, mas mantendo o respeito e o combinado com os parceiros comerciais que possuo”.

 

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