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Escritor e poeta Edimilson de Almeida Pereira é confirmado na Flip

Pesquisador e professor da Faculdade de Letras da UFJF, Edimilson de Almeida Pereira é poeta com dezenas de títulos lançados, ensaísta e também escreve livros infanto-juvenis. (Foto: Fernando Priamo)

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Dois romances de estreia de Edmilson de Almeida Pereira são semifinalistas do Prêmio Oceanos (Foto: Fernando Priamo)

O escritor, poeta e pesquisador juiz-forano Edimilson de Almeida Pereira vai participar da 19ª edição da Flip (Festa Literária Internacional de Paraty), que acontece entre 27 de novembro e 5 de dezembro na cidade da região da Costa Verde fluminense. Esta é a segunda vez que Edimilson – também professor da Faculdade de Letras da UFJF – participa do evento. A primeira foi em 2017. Ele também participou, em 2020, da Flip Paralela.
Assim como no ano passado, a Flip acontece no formato on-line, com transmissão pelo YouTube, além de telões que serão espalhado por Paraty e região para que o público possa acompanhar a programação. Pela primeira vez desde sua criação, a Festa Literária foi pensada a partir de uma curadoria coletiva e não terá um escritor ou escritora homenageado: no lugar, a Flip vai homenagear pensadores indígenas mortos pela Covid-19.
Edimilson conta que a organização do evento ainda não informou como será sua participação dentro da programação da Flip, mas comentou a importância de retornar ao mais destacado evento literário do país, um ano depois de ter lançado seus primeiros romances, “O ausente” (Editora Relicário), “Um corpo à deriva” (Macondo Edições) e “Front” (Editora Nós), uma nova etapa em uma carreira com dezenas de publicações nas áreas acadêmica, da poesia e literatura infanto-juvenil.
“Há, também, uma questão muito particular. Tenho um trabalho de três décadas e meia na área de pesquisa da cultura popular, que se desenvolve de forma alternativa, sem contrato com grandes editoras. Quando chega um convite dessa natureza, creio que é sinal que talvez esses temas – considerados laterais – passam a ser vistos de outra forma por uma certa elite cultural, deixam de ser temas marginalizados e vistos como representantes da pluralidade do país”, argumenta.

‘Meu percurso é assim, lento’, diz Edimilson

Além do retorno à Flip, Edimilson viu dois de seus romances, “O ausente” e “Um corpo à deriva”, indicados como semifinalistas da edição d2021 do Prêmio Oceanos, uma das mais importantes premiações dedicadas à língua portuguesa. Fazem companhia na lista nomes como Mia Couto, José Eduardo Agualusa, Vanessa Molnar e Jeferson Tenório. De acordo com ele, as editoras é que foram as responsáveis pelas inscrições, pois confessa que não se informa sobre premiações – e se considera até “meio arredio” a competições.
“Eu não escrevo e publico em função do calendário dos prêmios, até porque não penso literatura sob esse aspecto competitivo, não sou muito ligado a esses certames. Gosto de pensar no caráter colaborativo e inclusivo da literatura, que, para mim, é um processo que envolve várias pessoas. É o que mais me anima”, diz, indicando dois pontos como fundamentais para ter duas obras entre as semifinalistas da premiação.
“Um deles é o cuidado das editoras com minhas obras; o outro, uma vez que o livro é publicado, acredito que os leitores é que dão o sentido que a obra pode ter. É um processo longo, mas meu percurso é assim, lento, sem trabalhar com mídia, propaganda. Sei que é importante encontrar temas que sejam de interesse e deixar a obra ser semeada, com o reconhecimento vindo pelo mérito.”

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(Foto: Fernando Priamo)
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