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“Pedepoesia” enfoca o poder transformador da arte

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Professores encenam poesias de Milton Nascimento a Manoel de Barros (Foto: Divulgação)

Quem conta um conto… aumenta pontos na própria vida, completariam os integrantes do grupo Caravana de Histórias, que, nesta quarta (4), acresce mais um espetáculo à sua curta trajetória, iniciada há sete anos num curso de formação continuada da Secretaria de Educação da Prefeitura de Juiz de Fora. O curso se manteve na grade da pasta, cresceu e se desenvolveu. Este ano oferece outras turmas e módulos. Os inscritos naquele já distante 2012 também escolheram crescer e se desenvolver coletivamente. Em 2015 estrearam “Se bicho eu pudesse ser”, primeiro espetáculo de contação de histórias, que permaneceu por três anos em cartaz. Agora Adriana Oliveira, Áurea Lins, Bianca Fernandes, Cristiano Fernandes, Débora Leidiane, Diego Fernandes, Gracinha Guimarães, Juliana Angelo, Lizete Dias, Mafalda Oliveira, Marília Lima, Marisélia Souza, Meire Rodrigues, Natália Chianello, Regina Lúcia, Vanda Ferreira levam ao palco do Centro Cultural Bernardo Mascarenhas “Pedepoesia”, um tributo à arte, à palavra, à poesia.

“Não paramos nossa pesquisa de como aprimorar a contação de histórias em nós e na escola, entendendo a contação como uma ação artística que pode e deve estar na escola. Não se conta história para isso ou para aquilo. Toda história é completa por si só”, defende o diretor do grupo e do espetáculo Cristiano Fernandes, professor que deu o pontapé no projeto ao ministrar o curso. “É um novo olhar que se tem para a presença da contação de história na escola, da própria arte. Entendo o processo de criação como algo transformador. Não só para os alunos, mas para o professor também. É um novo corpo que surge, uma nova maneira de se portar no mundo”, avalia ele, referindo-se às transformações que se dão logo que esses mestres e mestras acessam as noções cênicas.

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Valorizando os clássicos e os populares

Em “Pedepoesia”, os contadores recitam e encenam textos de Carlos Drummond de Andrade, Mário Quintana, Paulo Leminski, além dos autorais da integrante Vanda Ferreira. Predominam, no entanto, a sensibilidade sintética e sinestésica de Manoel de Barros. “Nossa intenção é trazer autores, compositores que falam da poética da vida com novas maneiras de ver e olhar o mundo”, destaca Cristiano, citando, ainda, composições de Milton Nascimento, Marisa Monte, cantigas populares e versões próprias. “É uma maneira de brincar com as palavras e brincar com a poesia. A gente brinca com o figurino e a maquiagem, que sugerem mas não definem uma leitura para o espectador. E todo o desenho da cena, as composições musicais que usamos trazem a intenção de envolver o espectador num mergulho que fazemos, fazendo com que eles sejam cocriadores com a gente”, acrescenta o diretor.

Com direção musical do maestro Guto Cimino, o espetáculo comemora as duas décadas do Centro de Formação do Professor, que oferece cursos gratuitos para docentes da rede municipal, e os 25 anos da revista “Cadernos para o Professor”, publicação semestral da Secretaria de Educação e, atualmente, virtual, com resenhas, relatos de experiência e artigos acadêmicos. Propostas que, como “Pedepoesia”, reafirmam a potência do professor na construção de uma sociedade sobretudo mais sensível.

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PEDEPOESIA
Nesta quarta-feira (4), às 18h30, no Centro Cultural Bernardo Mascarenhas (Av. Getúlio Vargas 200 – Centro).
Classificação: livre

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