Neste domingo, 8, a Tribuna lança revista especial em comemoração aos 45 anos de colunismo social de Cesar Romero. O projeto reúne depoimentos que relatam uma história de reconhecimento e prestígio em Juiz de Fora, além de resgatar momentos marcantes que ganharam destaque, ano a ano desde 1976. CR guarda todas as suas páginas, encadernadas por trimestre, servindo inclusive de pesquisa histórica aos juiz-foranos. Fatos e acontecimentos selecionados após minucioso trabalho de pesquisa nas colunas mostram a importância e o valor dessas notas para a memória de Juiz de Fora.
Ao se dedicar à coluna social, Cesar Romero construiu uma história que o fez ganhar espaço, assim como os tantos eventos noticiados em suas colunas que, como ele conta, são, praticamente, um mini jornal. De início, despretensiosamente, aos 14 anos, ele criou o “Gazeta Jovem” para divulgar o que acontecia no Bairro Bom Pastor, noticiando a vida dos jovens dos anos 1970 em Juiz de Fora. Nessa época, ainda amador, o pequeno jornal era mimeografado por ele mesmo, e, por isso, tinha poucas cópias. Mas esse projeto, quase infantil, foi crescendo e ganhando, inclusive, páginas de grandes jornais, que divulgavam o sucesso que o adolescente jornalista já vinha fazendo. Por isso, paralelamente a seu projeto, ele passou a colaborar com outros jornais, levando uma visão contemporânea dos acontecimentos. Tudo isso só foi se profissionalizar no seu primeiro emprego no “Diário Mercantil”, em 1976, em que passou a assinar o “Agenda de Cesar Romero” que, posteriormente, ganhou o já consagrado nome de, simplesmente, “Cesar Romero”.
Já neste primeiro emprego, o intuito era não só divulgar os eventos e o cotidiano dos jovens, mas também levantar opiniões críticas e construtivas para, realmente, informar, à sua maneira. Nesse tempo, surgiram as promoções que fizeram sucesso em Juiz de Fora, como “Manequim do Ano” e “As Mais, Mais 80”, atingindo o auge de sua carreira. No entanto, o “Diário Mercantil” fechou. As oportunidades se abriram no jornal “Estado de Minas”. E, dois anos mais tarde, ele iniciou sua história na na então Tribuna da Tarde, que focava nos acontecimentos de Juiz de Fora. E não parou mais.
História marcada por transformações
Após um intervalo, em que ele foi para o “Hoje em Dia”, até hoje Cesar Romero ganha as páginas da Tribuna de Minas, passando, nesse período, pelas transformações do impresso para o digital. Ele conta que isso, inclusive, fez com que sua responsabilidade aumentasse, por causa da interatividade e da cobrança. “Minha coluna sempre procurou se atualizar em linguagem e assunto, com ética e credibilidade. Quando eu comecei, as pessoas deixavam convites na Redação. A gente tinha pouca informação e se desdobrava para procurar novos personagens, com a preocupação de não comprometer ninguém. Sendo ético e sério, as coisas acabam dando certo e ganhando reconhecimento, inclusive da própria Tribuna de Minas. Isso faz toda a diferença.”
“A coluna é o que sempre me absorveu e me deu prazer. Apesar de também ter noticiado momentos tristes, se meu trabalho não me desse prazer, eu não estaria nisso há 45 anos”, diz. Cesar Romero – que sempre registrou os grandes momentos de Juiz de Fora, abriu espaço para divulgações, com mobilização e, consequentemente, incentivo – tem muito para comemorar porque, além de fazer o que mais gosta, contribui para a informação da população. É só imaginar quantas pessoas, por dia, buscam o jornal para, muitas vezes, de maneira exclusiva, saber o que ele tem a dizer. No domingo, será a vez de ele ouvir o que seus leitores têm a lhe dizer, além de, ao mesmo tempo, contribuir para registrar a história não só sua, mas dos juiz-foranos que circularam na cidade.