Morreu na manhã deste sábado (4), aos 79 anos, a cantora e compositora Sueli Costa. A notícia foi confirmada pela sobrinha, Fernanda Cunha, em sua rede social. A causa da morte não foi divulgada. O velório acontece, neste domingo (5), às 11h, no Rio de Janeiro.
Na postagem, a sobrinha exaltou Sueli, autora de grandes sucessos da música popular brasileira. “Minha rainha, meu amor, minha tia e madrinha, foi descansar.” Nascida no Rio de Janeiro, a artista foi criada em Juiz de Fora, onde morou até 1969. Na cidade cursou faculdade de direito e testemunhou a efervescência cultural trazida pelos festivais de música da época. Entre suas composições estão “Dentro de mim mora um anjo”, “Jura Secreta”, “Face a Face”, “Coração Ateu”, que foram gravadas por Elis Regina, Simone, Maria Bethânia, Nara Leão, entre outros.
O compositor juiz-forano, Márcio Itaborahy, teve o prazer de gravar três discos com a presença de Sueli. Amigo pessoal da artista, ele afirma que ela é a maior compositora que a música popular brasileira já teve. “Ela tinha uma voz muito peculiar, era uma grande cantora. Deixa um legado para a música brasileira maravilhosa. A Sueli era uma pessoa muito visceral, tive o prazer de dividir os palcos com ela. Um talento que alçou Juiz de Fora para o Brasil e com certeza a maior artista da música popular que a cidade já teve.”
Sueli morou por muitos anos no Bairro Benfica, na Zona Norte. Sua mãe era conhecida como Dona Maria Pianista, porque era a única pessoa da região que tinha piano. A família toda era de música. Na cidade, chegou a cursar direito, mas não se formou. Mudou-se para o Rio de Janeiro, onde passou a dar aulas de música para se sustentar. Sua carreira nacional decolou quando as composições foram usadas em temas de novelas da Globo, como “Gabriela” e “Bravo”. Viveu os últimos anos em um apartamento no Bairro Jardim Botânico, no Rio de Janeiro.
Em entrevista ao jornalista Mauro Morais, da Tribuna de Minas, em 2013, Sueli afirmou: “Eu só gosto do que me toca. Não gosto de coisa bonitinha. Bonitinho é bonitinho e não é bonito. Tem que me emocionar.”