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Funalfa lança edital para artistas interessados em participar do Corredor Cultural

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Foto: Leonardo Costa

A tônica da oitava edição do Corredor Cultural é o intercâmbio de ideias. Levar o Café com Hip Hop feito na Zona Leste para a Zona Sul, por exemplo, propondo a quebra da barreira territorial, com a ocupação de novos espaços é o objetivo da iniciativa, que marca o aniversário da cidade com mais de 50 horas ininterruptas de opções de diversão. Com essa referência, a Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage (Funalfa) oferece aos produtores culturais e artistas que ainda não têm visibilidade a oportunidade de levar sua mensagem a outros pontos, por meio de um edital que selecionará propostas para a programação. Com a diversidade da produção local reunida, a intenção é causar efervescência na virada em Juiz de Fora, aproximando o modelo do evento das versões de cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, entre as 18h do dia 26 de maio até as 20h do dia 28 de maio, com a previsão de mais de cem atrações.

O intuito é que toda a extensão do município, e não apenas os palcos centrais, forme um grande corredor de transmissão e troca. “Queremos propostas que ressignifiquem os espaços públicos, geralmente usado para transporte e trabalho, buscando a ocupação da cidade de maneira saudável, porque experiências em outras cidades mostram que isso causa uma redução no vandalismo e um aumento na sensação de segurança pública. Por isso, queremos levar a produção cultural, que fica presa no eixo central, para os bairros”, afirmou o superintendente da Funalfa, Rômulo Veiga em coletiva na manhã desta segunda-feira (3).

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Ele reiterou a necessidade de estimular a participação de outros formatos que vão além dos tradicionais shows, peças de teatro e espetáculos circenses e de dança, atraindo segmentos que ainda não estão muito presentes nas programações durante o ano, como moda, games, artes digitais, artes pictóricas, cultura popular e gastronomia. “Hoje pensamos as manifestações culturais de maneira ortodoxa, ocupando apenas espaços tradicionais como a Praça Antônio Carlos, o Centro Cultural Bernardo Mascarenhas, o Parque Halfeld. Em função disso, nossa prioridade esse ano é para projetos mais arrojados, que usem outros locais. Imagina uma competição de videogame, com projeção em um grande prédio da cidade. É algo que faz a pessoa se relacionar de forma diferente com elementos que ela geralmente não tem acesso. É isso o que nós queremos”.

Entre os critérios analisados para aprovação das propostas, além da descentralização e da inovação, estão a acessibilidade para pessoas com alguma deficiência ou mobilidade reduzida, a pertinência cultural para a cidade, a convergência de linguagens e popularidade da proposta. O diretor do departamento de Cultura, Zezinho Mancini, disse que é preciso combater a exclusão de segmentos. Ele garantiu que todas as propostas serão avaliadas pelos mesmos critérios, combatendo a ideia de que há um perfil de evento privilegiado dentro da programação. Mancini comenta que muitos deixam de se inscrever, por acreditar que há esse perfil. “Um grupo de pagode, por exemplo, não entra no processo, por achar que precisa ser ums proposta erudita. Isso não existe. Esse grupo deve se inscrever. Detalhar o repertório, mostrar a relevância cultural que tem para a cidade”, orienta.

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Inscrições abertas

As inscrições para participar da programação do Corredor Cultural estão abertas no site até o dia 24 de abril. A programação completa deve ser divulgada na mesma página a partir do dia 10 de maio. A Funalfa reforçou o pedido de que os produtores leiam todo o regulamento e adéquem a proposta antes de inscrevê-la.

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“Precisamos que os artistas sejam muito objetivos no preenchimento da inscrição, indicando exatamente o que pretendem apresentar e o que vão precisar da Funalfa, seja em relação a estrutura ou aporte financeiro. Por exemplo, é preciso indicar claramente o que é o produto já ao lado do nome da obra, separado por um traço”, detalhou o superintendente. Não há, inicialmente, um número limite de inscrições. O orçamento a ser empregado no Corredor Cultural ainda não foi fechado e deve ser divulgado nas próximas semanas.

Ele especificou que, nos espaços indicados para a descrição das propostas, os autores devem indicar com exatidão a dinâmica do produto, qual a estrutura e uma sugestão de data e horário na programação. “É preciso ter consciência de que essa sugestão está sujeita a mudança, para que não tenhamos uma concentração muito grande de atrações ao mesmo tempo e em espaços próximos. Também precisamos de tempo hábil para diálogo com outros órgãos, como Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Secretaria de Atividades Urbanas, Secretaria de Transporte e Trânsito, entre outros, para verificar a viabilidade e exequibilidade de cada proposta, e propor alterações quando necessário.”

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A Funalfa também pede atenção dos produtores para o pagamento. A Fundação só pode efetuar pagamentos para pessoas físicas e jurídicas que estejam regularizadas, sem débitos trabalhistas com o município, Estado ou União, por isso os interessados devem verificar a situação com antecedência, para que nenhuma burocracia os impeça de participar do evento. Qualquer dúvida nesse sentido pode ser esclarecida pelos telefones: 3690-2307 e 3690-7057, pelo email corredorculturaljf@gmail.com ou diretamente na sede da Funalfa.

 

 

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