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Em guerra contra a ‘tradição’

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Durotan e Anduin Lothar deixam os consoles para virarem gente de carne, osso e CGI na versão hollywoodiana do popular jogo lançado na década de 90

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Hollywood descobriu, um dia, que era possível adaptar para a tela grande praticamente todo tipo de coisa inventada pelo homem: de séries de televisão a livros, passando por histórias em quadrinhos, jogos de tabuleiro, músicas etc., a transposição para os 24 quadros por segundo costuma render bons milhões de dólares para os estúdios, com franquias como “Harry Potter”, “Missão: Impossível” e “Vingadores” levando multidões para as salas de cinema. A exceção, porém, fica por conta das versões inspiradas em videogames, que há mais de duas décadas patina com alguns eventuais sucessos e uma maioria de fracassos retumbantes de crítica e público (ver quadro). Para tentar reverter a “tradição”, chega nesta quinta-feira aos cinemas brasileiros “Warcraft – O primeiro encontro de dois mundos”, adaptação da franquia de jogos eletrônicos e de tabuleiro, cards e livros criada pela Blizzard na década de 90, com produção da Legendary Pictures e distribuição da Universal Pictures.

A direção ficou a cargo de Duncan Jones, filho do cantor David Bowie e que parte para seu terceiro longa, tendo no currículo a elogiada ficção científica “Moon” (2009) e “Contra o tempo” (2011). Os efeitos especiais foram produzidos pela Industrial Light and Magic, de “Star Wars”. Já o elenco está repleto de atores que não têm lá muito cartaz, mas ajudam a separar o grosso do orçamento para os efeitos especiais, cenários e locações: Travis Fimmel (o Ragnar Lodbrok de “Vikings” como Anduin Lothar), Dominic Cooper (o Jesse Custer da série “Preacher” como o Rei Llane Wrynn), Ruth Negga (Lady Tarya Wrynn), Toby Kebbell (o Doutor Destino de “Quarteto Fantástico” como Durotan), Ben Foster (Medivh), Paula Patton (Garona Halforcen) e Daniel Wan (Gul’dan).

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O longa metragem tenta manter a maior fidelidade possível à série de videogames lançada em 1994. Os Orcs precisam arrumar um novo lar após descobrirem que seu planeta natal, Draenor, está morrendo. A solução para o problema é apresentada pelo sinistro feiticeiro Gul’dan: um portal que levará toda a espécie para outro planeta, Azeroth, habitado por humanos. Para manter o portal aberto, porém, é preciso aquela energia vital “esperta” de pobres incautos, e grupos de Orcs sequestram habitantes do que planejam ser o seu novo mundo para tal para manter abertas as portas da esperança. Isso chama a atenção do reino de Stormwind, que resolve investigar o que levou ao desaparecimento de seus cidadãos. Dessa forma, não demora muito até Anduin Lothar e Durotan toparem com seus novos inimigos em uma dessas encruzilhadas da vida e terem que tomar uma difícil decisão.

Em busca da trilogia

A partir daí, “Warcraft – O primeiro encontro de dois mundos” terá uma série de batalhas, pancadarias, mortes, traições e descobertas que devem fazer a alegria dos fãs, e com sorte também vai interessar a quem goste de aventuras no estilo “O Senhor dos Anéis” – ou que esteja a fim de diversão escapista. Para Duncan Jones, seu longa deve marcar o início dos “filmes bons” de videogame, porque – assim como ocorreu com os quadrinhos – quem cresceu cercado por consoles agora está no comando das produções. O cineasta inglês, inclusive, se coloca neste grupo, por ter jogado “Warcraft” quando mais jovem.

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A aposta de que o filme vá render uma trilogia, porém, já começa a esbarrar nas críticas negativas que o longa tem recebido, que vão do desenvolvimento da história à atuação do elenco. Os comerciais e trailers, acrescentam parte dos críticos, não parecem vender ao público leigo do que se trata o longa. Com um custo de produção de aproximadamente US$ 100 milhões, “Warcraft – O primeiro encontro de dois mundos” vai precisar de um combo bem interessante de fãs para não morrer na praia.

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