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Rodas celebram Dia Nacional do Samba em Juiz de Fora

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Ana Proença, sambista de Belo Horizonte, é uma das convidadas da festa na quadra da Unidos do Ladeira. (Foto: Divulgação)

Atendendo ao desejo/pedido dos compositores Edson Conceição e Aloísio Silva na composição “Não deixe o samba morrer”, duas rodas de samba acontecem neste domingo (1º) em Juiz de Fora, antecipando a celebração do Dia Nacional do Samba, nesta segunda (2). Uma delas não só defende a sobrevivência do samba, como também das escolas de samba e dos desfiles carnavalescos. Na quadra da Juventude Imperial, no Bairro Furtado de Menezes, a juiz-forana Sandra Portella recebe o ícone local na luta pela preservação da cultura popular Régis da Vila, e os sambistas Pretto Benezinho, Wendel e Márcio Moreno. Promovendo um intercâmbio com o Rio de Janeiro, a festa também será palco para Carolina Abreu, intérprete da escola de samba Unidos da Vila Santa Tereza, e a mineira de Belo Horizonte Ana Proença.

Durante a tarde, iniciada por um almoço, será apresentada a diretoria da Aliança Carnavalesca Regional, dissidência da Liga das Escolas de Samba de Juiz de Fora, a Liesjuf. “A Aliança foi criada a partir da insatisfação da forma como estava sendo conduzida a Liga atual. Por isso, resolvemos fundar a Aliança. Queremos um resgate do carnaval de Juiz de Fora, que tem uma visão empreendedora. Queremos trazer turistas para dentro da cidade e que o carnaval possa trazer um maior investimento e oferecer um maior retorno para a cidade”, explica o presidente da entidade, Batista Coqueiral, compositor que integra a Mocidade do Progresso e também o Instituto Cultura do Samba.

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Até o momento, o grupo reúne seis das quase 20 agremiações da cidade. O número de agremiações em funcionamento não é preciso devido à desarticulação das instituições após os seguidos cancelamentos dos desfiles e interdições das quadras. GRACES Juventude Imperial, GRES Unidos do Ladeira, GRES Mocidade do Progresso, GRES União das Cores, GRES União de Santa Luzia e GRES Borboleta compõem a Aliança, cuja diretoria é formada por integrantes de todas elas. “Essas escolas que estão conosco se desfiliaram da Liesjuf, e as outras continuam. Temos que buscar o pensamento do crescimento. Juiz de Fora tem que se acostumar a ter outro segmento que também queira modificar o carnaval”, defende Batista.

Novo modelo de negócio

Criada com o objetivo de fomentar o fortalecimento das escolas para um grande espetáculo, a Aliança propõe que exista um novo modelo de negócio para a folia. “Queremos que a cada ano possamos resgatar o carnaval de Juiz de Fora. Através disso vamos gerar capacitação de profissionais e gestão empreendedora dos presidentes das escolas de samba para tratarem as agremiações como empresa. Queremos que a sociedade civil participe disso, bem como as universidades, os comerciantes, a rede hoteleira e muito mais. Com a força de todos esses segmentos vamos conseguir fazer um grande desfile”, sugere o presidente da entidade, certo da utopia de fazer desfiles competitivos com Rio de Janeiro e São Paulo.

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Para 2020, no entanto, Batista reconhece a inviabilidade de retomada dos desfiles. “Conversamos com a Prefeitura, apresentamos uma proposta e aguardamos a resposta. Tivemos uma conversa com o superintendente, participamos da audiência pública e compreendemos que o Poder Público não tenha condições. Apresentamos alternativas para substituir os desfiles”, garante ele. A Funalfa confirma a ocorrência de uma conversa com a Aliança. “As escolas são espaços socioculturais e políticos”, adverte, certo de que o samba da cidade aguarda um desfecho para o impasse que calou a Passarela do Samba.

Carlos Fernando Cunha reúne veteranos e jovens nomes do samba de Juiz de Fora em roda no Unidos do Ladeira. (Foto: Fernando Priamo)

Encontro de bambas

O que Roger Resende, Carlos Fernando Cunha, Mestre Jansen, Juninho 7 Cordas, Alex do Cavaco, Mariana Assis, Coração, Nelsinho da Cuíca, Zezé do Pandeiro, Yuri Soares, Ney Gerald, Carioca, Mamão, Isabella Queiroz, Herbert Silva, Paulinho Jalão têm em comum? Todos também são o samba de Juiz de Fora. Uns começaram num passado mais distante, outros, em tempos recentes, mas todos permanecem. E neste domingo (1º), às vésperas de o país comemorar o Dia Nacional do Samba, no dia 2, eles se encontram em show que começa às 15h na Unidos do Ladeira.

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Há cinco anos o movimento cultural Ponto de Samba, que valoriza a expressão na cidade e no Brasil, festeja a data com espetáculos de peso, já tendo convidado Monarco e Moysés Marques para suas apresentações. Neste ano, o evento, reconhecido como projeto de extensão universitária, canta e toca o samba juiz-forano de ontem e hoje, sem deixar de lado os clássicos do cancioneiro brasileiro.

ALIANÇA CARNAVALESCA REGIONAL
Neste domingo (1º), às 13h, na Quadra da Juventude Imperial (Rua Furtado de Menezes 1 – Furtado de Menezes)
Classificação indicativa: 18 anos

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PONTO DO SAMBA JUIZ DE FORA
Neste domingo (1º), às 15h, na Unidos do Ladeira (Avenida Brasil 3.840 – Ladeira)
Classificação indicativa: livre

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