Ben Stiller e seus amigos do museu vão a Londres tentar resolver mistério de artefato criado no Egito Antigo
A galáxia de Hollywood é capaz de produzir alguns astros que, à primeira vista, ninguém apostaria um tostão furado por eles. Este é o caso, por exemplo, de Ben Stiller, à primeira vista um sujeito com o menor trejeito para o humor, mas capaz de interpretar personagens diferentes, neuróticos e alucinados, principalmente, em filmes subestimados como “Trovão tropical” e “Zoolander” ou no clássico do politicamente incorreto “Quem vai ficar com Mary” – sem se esquecer do melancólico “Os excêntricos Tenenbaums”. Há alguns anos, porém, Stiller tem estado à frente de algumas das mais rentáveis franquias das comédias que agradam às famílias, casos de “Entrando numa fria” e “Uma noite no museu”. O último, inclusive, estreia a sua terceira e – acredita-se – última parte nesta quinta-feira nos cinemas de todo o Brasil, com o subtítulo “O segredo da tumba”. O derradeiro capítulo da trilogia mostra o último papel do comediante Robin Williams e o penúltimo do nonagenário Mickey Rooney, uma das grandes estrelas hollywoodyanas entre as décadas de 1930 e 1950. Ambos morreram em 2014.
Com direção de Shawn Levy, o filme mostra a tranquila vida do segurança Larry Davey (Stiller) em seus plantões no Museu de História Natural de Nova York, convivendo com as figuras históricas que ganham vida, entre elas o ex-presidente dos Estados Unidos Theodore Roosevelt (Robin Williams), Átila, o Huno (Patrick Gallagher), o cowboy Jedediah (Owen Wilson) e o centurião romano Octavius (Steve Coogan). A tranquilidade termina quando o artefato (um ancestral do tablet?) que permite aos personagens expostos voltar à vida começa a apresentar – na falta de palavra melhor – defeito, e, caso não se descubWWWra a razão do “mau funcionamento”, todos os amigos de Larry nunca mais voltarão a interagir com ele ao cair da noite.
A solução do problema, porém, está bem longe, no Museu Britânico de Londres. Após convencer seu chefe, Williams (Rick Gervais), de que é preciso salvar seus amigos, o segurança, seu filho e alguns dos personagens do museu vão até a capital inglesa para pedir orientações ao faraó (Ben Kingsley) responsável pela criação do artefato sobre o que pode ser feito para que ele não pare de funcionar. Ao mesmo tempo, uma figura aparentemente camarada tem seus próprios planos.
Toda a trama é desenvolvida para criar aquele clima de “despedida” dos personagens e a aparição de outros – além do faraó, Sir Lancelot (Dan Stevens) dá o ar da graça junto a mais um esqueleto de dinossauro -, aproveitando situações que já renderam algumas risadas antes. Como a fórmula dos dois filmes anteriores renderam quase US$ 1 bilhão à Fox, a ideia é essa mesma: entregar ao povo um pouco mais da mesma receita que deu tão certo.
UMA NOITE NO
MUSEU 3 – O
SEGREDO DA TUMBA
UCI 4 (3D/dub): 13h25 (a partir de sexta-feira), 15h35, 17h45, 19h55 e 22h (todos os dias). Alameda 1 (dub): 14h50, 17h, 19h10 e 21h20. Santa Cruz 1 (dub): 19h15 e 21h15
Classificação: 10 anos.