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Quando o trabalho é a chance de recomeçar a vida

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O repórter Márcio Santos (Foto: Marcelo Ribeiro)

Quando recebi a pauta para produzir essa reportagem, pensei que iria cair no lugar comum, sem novidades. Pois, no julgamento coletivo, os condenados à prisão devem pagar pelos seus erros, presos em uma cela, sem nenhum direito e, às vezes, até sem julgamento. Mas, e a sua recuperação e ressocialização, como acontecem? De quem é a responsabilidade? Como ele poderá voltar a conviver harmonicamente com a sociedade?

Dados colhidos junto à Secretaria de Estado de Administração Prisional apontaram que Minas Gerais é o estado que mais emprega presos na região Sudeste.

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Por isso fui em busca dessas respostas, conversando com especialistas e com os próprios presos, que abraçam a oportunidade como se fosse a última na sua vida e, às vezes, pode ser mesmo a única.

Pude perceber a dedicação de alguns presos, que querem se redimir do erro através do trabalho. Com a transferência de presos para outras cidades, há detentos de várias partes do estado no sistema prisional de Juiz de Fora. Um deles, que é do Sul de Minas Gerais, contou que o trabalho proporciona a ele rever a família e se redimir do erro cometido.

Por outro lado, para a justiça, a alternativa do trabalho tira o ócio vivido pelos detentos nas celas e passa a ser um caminho para acabar com a super lotação. Conversei com o juiz da Vara de Execuções Criminais, Evaldo Gavazza, que disse que o tempo ocioso passa a ser uma tortura a mais para o detento. Daí, a importância das parcerias com as empresas para oferecer trabalho a este grupo. O juiz me explicou que, antes de ir para o trabalho externo, o custodiado precisa ser aprovado pela Comissão Técnica de Classificação (CTC), equipe formada por servidores dos setores de saúde, segurança, jurídico e social, que avaliam os quesitos correspondentes a cada área.

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Apesar de a iniciativa beneficiar empresas públicas e privadas, o maior beneficiado, sem dúvida, é o detento.

Leia a reportagem clicando na imagem abaixo:

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