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Polícia Civil estoura laboratório de drogas em apartamento na Avenida Getúlio Vargas

Laboratório de drogas foi identificado no Centro de Juiz de Fora (Foto: PCMG)

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Cinco pessoas foram presas em flagrante pela Polícia Civil, na segunda-feira (30), durante a Operação “Área VIP”, em bairros considerados nobres de Juiz de Fora.  Os indivíduos presos têm 21, 22, 23, 31 e 38 anos. A manobra incluiu a desmobilização de um laboratório de drogas de um grupo criminoso na Avenida Getúlio Vargas, no Centro, e outras prisões nos bairros São Mateus, Zona Sul, e Granbery, na região central. Os entorpecentes apreendidos seriam de grande nível de pureza, destinados a usuários com alto poder aquisitivo.

Inicialmente, foram presos um suspeito de envolvimento com o tráfico de drogas e um suposto usuário no Bairro São Mateus. Em seguida, foram presas duas pessoas também com ligação com o tráfico de drogas no Bairro Granbery. Por fim, aconteceu o estouro do laboratório e a prisão de uma mulher que supostamente possuía posição privilegiada na hierarquia do grupo criminoso.

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No apartamento na Avenida Getúlio Vargas, era montado um complexo esquema para o cultivo e a produção de drogas. No total, estima-se que os criminosos tiveram prejuízo superior a R$ 200 mil com o material apreendido. O indivíduo que seria líder da organização, no entanto, não foi preso.

De acordo com o delegado Rafael Gomes, da Delegacia Especializada de Narcóticos, o rapaz teria passagem por tráfico de drogas ainda em 2021, mas foi solto e será alvo de pedido de prisão pela Polícia Civil. “Esse indivíduo do topo da cadeia criminosa formou, em Juiz de Fora, um esquema extremamente organizado com diversos outros integrantes e com divisão de tarefas”.

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Segundo as investigações, a organização criminosa era formada por um grupo seleto de pessoas, que eram incluídas por meio de indicação. Após a criação, os criminosos divulgavam uma tabela com as drogas e os valores por meio de um aplicativo de mensagens. A mulher que foi presa era a responsável pelo armazenamento das drogas, por responder os clientes, fornecer o catálogo dos entorpecentes e realizar algumas entregas. No apartamento dessa suspeita estaria o laboratório desmantelado.

Apreensão de drogas sintéticas e maconha

A operação gerou a apreensão de 1.160 comprimidos de ecstasy; 310 pontos de LSD; 15 pés, uma barra e 23 porções de maconha; um tablete de haxixe; e quatro porções e uma pedra bruta de MD. Ainda foram encontradas quatro fôrmas grandes de rejeitos do haxixe que seriam transformadas em maconha prensada e grande quantidade de flores de maconha, que ainda não havia sido contabilizada. Estima-se que as drogas superam os R$ 200 mil.

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Também havia, no local, diversos materiais para embalar as drogas, além de itens utilizados para o cultivo da maconha e para a preparação do haxixe e da cocaína, como fertilizantes, luminárias, aquecedores e liquidificadores. Suspeita-se que o laboratório produzia cerca de 20 quilos de haxixe por semana. Cinco balanças de precisão e veículos utilizados pelo grupo criminoso também foram apreendidos.

Histórico de operações
O suspeito de chefiar a organização criminosa, segundo o delegado Rafael Gomes, foi preso pela Polícia Civil em 2021. O titular da Delegacia Especializada de Narcóticos lembrou de outras operações destinadas a coibir o tráfico de drogas que seriam destinadas a pessoas de alto poder aquisitivo. Segundo ele, não é descartada a possibilidade de os diferentes grupos criminosos atuarem em conjunto. “A gente não descarta a possibilidade, porque eles se ajudam entre si. Se falta droga para um, o outro consegue. Às vezes, eles compram drogas juntos. A gente não descarta as ligações”.

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Na última semana, a Delegacia de Narcóticos deflagrou a operação “High Society”, que gerou a prisão de um homem de 39 anos suspeito de fornecer cocaína de alto teor de pureza para clientes da alta sociedade. No dia seguinte, um homem de 31 anos foi preso por suspeita de fornecer maconha e haxixe para usuários de grande poder aquisitivo.

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