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Ato repudia cultura do estupro em JF

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Chamar a atenção da população juiz-forana para a cultura do estupro, tão naturalizada na sociedade contemporânea, é o objetivo do ato, marcado para esta quarta-feira (1º), com concentração às 17h, no Parque Halfeld, no Centro. A iniciativa irá acontecer em diversos municípios do Brasil e, em Juiz de Fora, é organizada coletivamente e divulgada nas redes sociais. De acordo com a militante do Coletivo Maria Maria, Laiz Perrut, a motivação da manifestação é deixar em evidência o estupro da adolescente de 16 anos por 33 homens, no Rio de Janeiro.

“Está já é uma pauta que tratamos há muito tempo, mas com a exposição do caso nacionalmente, os movimentos feministas sentiram a necessidade de chamar uma manifestação para falar sobre a cultura do estupro. Entendemos, como cultura do estupro esta naturalização que a sociedade faz da questão, porque é muito natural falar sobre este crime e ainda duvidar da vítima. Falar que a vítima fez alguma coisa para poder chegar nesta situação. Isto e outras questões apontam para esta cultura, que tem origem em uma sociedade machista, na qual é considerada normal a divulgação, em grupo de homens, imagens de mulheres seminuas, piadas com referência a mulheres, culminando com a banalização do corpo feminino”, argumenta Laiz.

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Segundo a militante, a manifestação foi criada nas redes sociais, atingindo grande alcance, com muitas confirmações e divulgação. “Todavia, não dá para falar em expectativa de participantes, mas solicitamos às pessoas que compareçam com faixas, cartazes e camisetas referentes à nossa proposta. Nosso objetivo maior é dar visibilidade à questão do estupro.” Após a concentração no Parque Halfeld, o ato tem previsão para percorrer algumas ruas da região central, a partir das 18h30. Os participantes também irão demonstrar repúdio aos projetos de lei 6055/2013 e 5069/2013, que representam, na visão deles, atrasos em relação às conquistas das mulheres pois, respectivamente, intentam revogar o atendimento às vítimas de violência sexual e criminalizam o uso da pílula do dia seguinte (método que pode evitar que uma vítima de estupro tenha de passar por um trauma ainda maior enfrentando uma gravidez).

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