Os professores municipais decidiram pela suspensão da greve em assembleia nesta sexta-feira (31), nas escadarias da Câmara. “Suspendemos esse instrumento, mas a manutenção do estado de greve autoriza a assembleia a chamar a categoria para possíveis paralisações a qualquer momento”, explica a coordenadora do Sindicato dos Professores de Juiz de Fora (Sinpro), Lúcia Lacerda. Ficou decidida também a adesão dos docentes à greve geral, prevista para o dia 28 de abril. A sindicalista explicou que o movimento que vem sendo realizado pelo Sinpro foi convocado pela Confederação Nacional dos Educadores (CNE).
Outra ação paralela discutida na reunião foi a intensificação das denúncias sobre a aprovação do Plano Municipal de Educação (PME). “O texto foi totalmente desconfigurado em relação ao que foi construído em conferência, com anuência da maioria dos vereadores. No nosso entendimento, não é um plano representativo da vontade expressa pela sociedade civil organizada, que participou do processo. Nós o consideramos mais como um plano de governo”, critica. Os docentes também devem formar comitês nas escolas, para mobilização e sensibilização das comunidades sobre a necessidade de enfrentamento das reformas trabalhista e da Previdência e da decisão que aprova a terceirização no país.
Já os professores estaduais seguem paralisados. Eles estão em processo de negociação com o Estado e devem participar de uma nova rodada de debates em Belo Horizonte, na quarta-feira (5), e deliberar sobre os rumos do movimento na quinta-feira(6).