Deputados por JF indicaram R$ 54 milhões no orçamento secreto
Levantamento realizado pela Tribuna em junho, a partir das informações públicas do STF, mostrou que, juntos, os três deputados federais eleitos por Juiz de Fora – Charlles Evangelista (PP), Júlio Delgado (PV) e Lafayette Andrada (Republicanos) – indicaram um total de R$ 54,1 milhões por meio das emendas de relator, conhecidas como “orçamento secreto”. Esta denominação veio por conta da falta de transparência na destinação dos recursos públicos da União. A Tribuna questionou os três parlamentares sobre a utilização das verbas. Considerando toda a bancada mineira no Congresso Nacional, deputados e senadores indicaram mais de R$ 1,3 bilhão entre os anos de 2020 e 2021.
Motorista morre atropelado por ônibus na garagem da Tusmil
Em meio ao imbróglio envolvendo o serviço de transporte coletivo em Juiz de Fora, um episódio marcou o mês de junho negativamente. Um motorista de 62 anos morreu atropelado por um ônibus da Tusmil, na garagem da empresa, na madrugada do dia 4. Segundo o Consórcio Manchester, um outro motorista não teria puxado o freio de mão do veículo, atingindo a vítima na rampa de acesso à garagem. Três dias depois do ocorrido, a Procuradoria Regional do Trabalho instaurou inquérito civil para analisar denúncia sobre possível descumprimento de normas de saúde e segurança do trabalho pela empresa Tusmil. Ainda no mesmo mês, a PJF anunciou a caducidade do contrato de serviço de transporte público com o Consórcio Manchester. A decisão foi justificada pela degradação da frota do consórcio.
Orçamento da UFJF teve corte de 44% em seis anos
Os últimos seis anos foram de cortes nos recursos da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). De 2016 a 2022, a instituição teve uma queda de 44% em seu orçamento. Em números exatos, os recursos destinados para o custeio da universidade, em 2016, eram de R$ 190 milhões. Em 2022, esse valor caiu para R$ 107 milhões. Os cortes ocorreram na contramão do crescimento da instituição, que criou novos cursos, teve maior número de alunos ingressantes, além de ter expandido diversos projetos. Em junho, o Governo federal anunciou um corte de 14,8% nas despesas diárias das universidades. Poucos dias depois, o Ministério da Educação reduziu esse bloqueio para 7,2%, porém, o desfalque ainda impactaria o funcionamento da instituição.
Fila de espera por vaga em hospital chega a 100 por dia
Dados da Ouvidoria Municipal de Saúde apontavam que, em junho, a fila de espera por um leito hospitalar em Juiz de Fora chegava a cem pacientes por dia. A maior demanda por vagas era para a realização de cirurgias de urgência nas áreas ortopédica, geral, vascular, oncológica e pediátrica. Além disso, havia casos de espera por vagas em leitos de enfermaria e em unidades de tratamento intensivo (UTI). Como apontado pela Tribuna, geralmente, os pacientes que esperam uma vaga aguardam em unidades de pronto atendimento. Desta forma, a demora para transferência pode sobrecarregar o sistema de saúde. Na avaliação da ouvidora Samantha Borchear, a situação foi consequência do impacto da pandemia na saúde pública ao longo dos últimos dois anos.
Caso suspeito de varíola dos macacos é investigado em JF
Após a Covid-19, o medo de uma nova pandemia pairou sobre 2022, desta vez, com a varíola dos macacos (Monkeypox). No final de junho, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) anunciou que estava investigando um caso suspeito da doença em Juiz de Fora. A PJF informou que orientou o estabelecimento de saúde que atendeu o paciente a realizar o protocolo de notificação e a coleta de exames laboratoriais, além da adoção de medidas de isolamento respiratório e de contato. Além da suspeita na cidade, a SES-MG confirmou um caso da doença no estado, em Belo Horizonte. Tratava-se de um paciente do sexo masculino, de 33 anos, que esteve na Europa no período entre 11 e 26 de junho. Em Minas, 12 casos suspeitos de varíola dos macacos haviam sido notificados. Desses, oito foram descartados.
Cinemais encerra atividades no Alameda
As medidas restritivas por conta da pandemia ainda causaram impactos na cultura em junho. No final do mês, a rede Cinemais encerrou suas atividades no Shopping Alameda, no Bairro Alto dos Passos. À Tribuna, o grupo apontou que as salas no shopping foram fechadas porque a unidade estava com movimento mais baixo em relação a outras do grupo. Desta forma, a situação teria se tornado insustentável. Com o fechamento do Cinemais Alameda, que estava em atividade desde dezembro de 2012, a cidade passou a ter um total de 13 salas de cinema. Na ocasião, o Alameda informou que estava em negociações para ocupação do espaço que abriga as salas, porém, elas deveriam ter outra destinação.