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RETROSPECTIVA 2022 – JANEIRO

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Nova variante Ômicron dispara casos da Covid-19

No início de janeiro, Juiz de Fora confirmou seus dois primeiros casos da variante Ômicron. Na época não se sabia se a nova cepa era mais agressiva do que o vírus original da Covid-19. Os dois pacientes juiz-foranos haviam retornado de uma viagem ao exterior quando testaram positivo. Ao longo do mês, Minas Gerais viveu o pico da contaminação. A variante Ômicron elevou em 142,86% o número de casos positivos ao longo de duas semanas. Em Juiz de Fora, a ocupação dos leitos hospitalares ultrapassou 80%. O mês foi marcado por uma explosão de casos, devido ao potencial agressivo de transmissão da variante, porém, com número menor de pacientes graves em relação a outros períodos da pandemia.

Vacinação avança para público infantil

Minas Gerais iniciou a vacinação de crianças de 5 a 11 anos na segunda quinzena de janeiro, utilizando o imunizante da Pfizer. A expectativa era aplicar a primeira dose em 1,8 milhão de meninos e meninas do estado até o fim de março. No fim do mês, a Anvisa liberou também a aplicação de Coronavac para crianças entre 6 e 11 anos. O calendário de vacinação avançou, e o público de 5 anos ou mais pôde receber o imunizante contra a Covid-19. O passo foi importante para a volta às aulas, que aconteceria em fevereiro, principalmente levando em consideração que a nova onda de casos atingia os não vacinados, dentre eles o público infantil. Um especialista ouvido pela Tribuna na época explicou que a cidade vivia, em janeiro, a pior época da pandemia para crianças.

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Trabalhadores ambulantes fazem protesto

Em novembro de 2021, a Prefeitura de Juiz de Fora realocou os trabalhadores ambulantes que ficavam na Avenida Getúlio Vargas para a Praça do Riachuelo. A justificativa era dar mais fluidez ao tráfego de pessoas e veículos, em um processo de reorganização viária da região central que incluía a inauguração do Viaduto Hélio Fádel Araújo, que ocorrera em dezembro. A mudança gerou impactos, e os ambulantes reclamaram de queda nas vendas. “Na Marechal não pode trabalhar, não pode na Halfeld e não pode na Batista”, criticou um dos trabalhadores entrevistados pela reportagem. O protesto parou o trânsito na Avenida Getúlio Vargas com a Rua Marechal Deodoro e fez com que, nos próximos meses, a Prefeitura buscasse ter um diálogo mais participativo com representantes da classe.

Chuvas colocam Juiz de Fora em estado de emergência

O início de 2022 foi marcado por um intenso período chuvoso em Juiz de Fora, que acarretou a declaração de estado de emergência por parte da Prefeitura. A situação permitia pleitear recursos estaduais e federais para fazer frente às consequências dos desastres naturais. Por conta das chuvas, o Rio Paraibuna chegou a subir 63 centímetros em apenas quatro horas, chegando ao nível de 3,98 metros. Em condições normais, a água fica em 1,4 metro. Essa foi a maior cheia do Paraibuna em 20 anos, de acordo com a Defesa Civil. Por conta disso, algumas pontes tiveram que ser temporariamente interditadas. A precipitação também causou alagamentos, queda de árvores e de barreiras. Em janeiro, o Bairro Industrial passou semanas debaixo d’água, um problema histórico na região, que, segundo moradores, se perpetua há pelo menos 50 anos.

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Deslizamentos de terra e casas interditadas

Diversos pontos da cidade foram atingidos por deslizamentos de terra devido às fortes chuvas de janeiro. As regiões mais críticas ficavam na Zona Leste, nos bairros Linhares, Três Moinhos e Vitorino Braga. No entanto, o excesso de chuva provocou escorregamento de talude em quase todas as regiões de Juiz de Fora, como nos bairros Dom Bosco, Monte Castelo, Bonfim, Santa Rita, entre outros. Através de recursos federais, a Prefeitura de Juiz de Fora prometeu viabilizar obras de contenção de encostas até o início do próximo período chuvoso, como estudos de solo e instalação de lona vinílica. Diversas residências foram interditadas. As famílias que ficaram desabrigadas e se enquadravam nos requisitos, receberam auxílio-moradia no valor de R$ 600.

Pedido de tombamento do Salles Oliveira é negado

O pedido de tombamento do Estádio Salles Oliveira, campo do Tupi localizado em Santa Terezinha, Zona Nordeste de Juiz de Fora, foi negado pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural (Comppac) da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF). A votação foi unânime e ocorreu durante reunião on-line. A construtora que adquiriu o espaço junto ao Tupi afirmou que tinha planos para preservar parte da estrutura e transformá-la em um memorial carijó. O projeto previa a preservação e revitalização da área entre o pórtico da Rua Santa Terezinha e o início da parte central da arquibancada. A ideia é a de que sejam criados painéis de resgate da memória e da história do Tupi nas paredes, revitalizadas, e realizar a transmissão de jogos antigos do Carijó na fração mantida da arquibancada, como exemplificado na reunião. Apesar disso, o martelo não foi batido sobre qual parte do espaço não será demolida.

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