Site icon Tribuna de Minas

Pism 2020: 1º dia de provas com tranquilidade, mas trânsito lento

PUBLICIDADE
Estudantes lotaram o Campus da UFJF no primeiro dia das provas, que também foram realizadas em Governador Valadares, Muriaé, Volta Redonda e Petrópolis. (Foto: Fernando Priamo)

O primeiro dia de provas do Programa de Ingresso Seletivo Misto (Pism) da UFJF ocorreu com tranquilidade neste sábado (30). Os portões fecharam pontualmente às 13h. De acordo com a assessoria de comunicação da universidade, não foi constatada nenhuma anormalidade no início das provas. Foram poucas as cenas de correria de atrasados no Campus da UFJF, onde aconteceu parte das avaliações. Uma estudante se atrasou para a prova na Faculdade de Serviço Social e, aos gritos dos pais que aguardavam do lado de fora – e garantiam ser 13h em ponto -, ela conseguiu entrar. A maioria das famílias optou por se adiantar ao horário de abertura das salas, ao meio-dia. As amigas Maria Teresa Console, de 16 anos, e Júlia Moreira, 16, acordaram às 4h e saíram às 5h de Além Paraíba, onde moram, numa viagem que durou menos de duas horas. No Campus da UFJF encontraram outra amiga, Júlia Ferreira, 17. Todas estão inscritas na segunda etapa do programa e têm o sonho de passar para medicina no próximo ano. Júlia Moreira ainda abriu o caderno quando chegou no local da prova, mas desistiu. “Estudei, mas não acredito que vá bem”, disse ela, que, como as amigas, não está satisfeita com a nota do ano passado.

Ligya Waleska Pederiva Alves, 16, teve uma boa nota em 2018, na primeira fase do Pism. Este ano, mais uma vez, saiu de Varginha na sexta-feira, acompanhada pelos pais, e se hospedou num hotel na Avenida Itamar Franco, próximo à Faculdade de Direito, onde realizou a prova da segunda etapa. Do local, a família saiu às 11h10 e seguiu andando em direção à universidade. Abriram mão do carro, driblando o trânsito que, já nesse horário, formava engarrafamento desde São Mateus e seguia São Pedro adentro. Na última semana, Ligya fez o Processo de Avaliação Seriada da Universidade Federal de Lavras, para onde também irá concorrer a uma vaga em medicina, no próximo ano. Se passar nas duas universidade, já fez sua escolha: “Pela Faculdade de Medicina da UFJF ser mais antiga, vou preferir ficar aqui”, aponta a jovem, que, prevenida, entrou na sala às 12h10. Os pais retornaram ao hotel, a pé, para voltar ao final da tarde. “É o sonho dela, e a gente sofre junto”, afirma a mãe, Regiane Aparecida Pederiva, 44, professora da educação infantil. “A gente praticamente faz a prova com ela”, acrescenta o pai, Carlos Henrique Alves, 44, corretor.

PUBLICIDADE
Este ano prevenção deu lugar aos atrasos e famílias já enchiam o Campus da UFJF às 11h. (Foto: Fernando Priamo)

Pais aguardam e professores incentivam

Sentada num banco no jardim da Faculdade de Serviço Social, a professora de educação infantil Helena Maria de Assis Damasceno, 53, aguardava a filha Leila Maria concluir a prova. Este é o terceiro ano em que Helena viaja de Senhora dos Remédios, a cerca de 150 quilômetros de Juiz de Fora, para que a filha faça o Pism da UFJF. Leila fez duas vezes a primeira etapa, já que voltou ao primeiro ano do ensino médio quando, estudando no segundo ano passou para uma vaga no Coluni, Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Viçosa. As duas chegaram ontem à cidade e estão hospedadas num hotel central, para que a jovem realize as provas este ano. A mãe se diz tranquila. Já viveu a mesma sensação com os outros dois filhos, hoje estudantes da UFV. A calma, no entanto, não tomou o espaço da prevenção, e mãe e filha nem almoçaram, para chegar cedo ao Campus da UFJF. “Hoje eu trouxe só um lanche”, disse, sorrindo, Helena, que às 9h45 já estava no local de prova.

PUBLICIDADE

Para a professora de língua portuguesa do Colégio Jesuítas Tanani Brion, 44, o Pism este ano parecia mais tranquilo. “Até o trânsito parece estar fluindo melhor”, avalia ela, acompanhada pelos colegas de trabalho Gabriel Moreno, 37, e Flávia Alhadas, 47, ambos professores de matemática. Vestidos com uma camisa da instituição onde trabalham, os profissionais recebiam os alunos, tiravam dúvidas sobre os conteúdos e até ajudavam na localização das salas. “Para eles é importante que estejamos aqui. Faz diferença”, garante Gabriel. “Eles vão mais seguros e relaxados para a prova”, concorda Flávia. “A gente vê o resultado do nosso trabalho. E não é só o conteúdo que a gente oferece, mas também esse lado de como se preparar para uma avaliação”, acrescenta Tanani, na expectativa, como os colegas, de que a prova deste ano repita o modelo do ano anterior. “Ano passado foi dentro do que a gente esperava. Se for assim, eles se sairão bem”, aposta o professor de matemática.

Trânsito ficou lento na região do Campus da UFJF desde 11h deste sábado (30) e paralisou por volta das 12h40, mas logo após o início das provas já não apresentava retenções. (Foto: Fernando Priamo)

Trânsito caótico na região da UFJF

PUBLICIDADE

A única sugestão que Gabriel Moreno faz é o cruzamento do CEP dos alunos com os locais de prova, favorecendo, assim, deslocamentos menores. “Alguns percorrem trechos muito grandes”, pontua o professor, referindo-se a um dos dilemas da cidade no dia da realização do exame. Com estacionamentos fechados e a orientação para que os pais parassem seus carros na Praça Cívica, e somando-se a isso a desinformação de algumas família em relação ao local onde seus filhos fariam as provas, o trânsito nos dois pórticos da universidade foi pouco a pouco se intensificando até que, às 12h40, deu sinais de esgotamento, com fluxo bastante lento, apesar dos guardas sinalizarem contra retenções.

As provas deste sábado (30) foram das disciplinas de língua portuguesa, geografia, matemática e química para os módulos I e II, enquanto no domingo serão aplicadas, para essas mesmas etapas, as provas de literaturas, biologia, física e história. Já para o módulo III do Pism o sábado foi dia de avaliação das disciplinas de língua portuguesa, literaturas, biologia e matemática. Neste domingo, os concorrentes da etapa final do programa serão avaliados em física, química, geografia e história, além de responderem às questões discursivas de acordo com a área de conhecimento pretendida. Da mesma forma, as salas serão abertas ao meio-dia e as provas começam às 13h.

PUBLICIDADE
Portões neste sábado foram fechados pontualmente às 13h em todos os locais de prova. (Foto: Fernando Priamo)
Exit mobile version