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Greve de funcionários do HU-UFJF deve ser encerrada nesta sexta

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Após nove dias de paralisação, os trabalhadores do Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora (HU/UFJF) devem encerrar a greve nesta sexta-feira (30). Durante a manhã, funcionários do Centro de Atenção Psicossocial (Caps Liberdade) e da unidade do HU no Dom Bosco aprovaram a proposta de um novo Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) acertada entre o Sindicato dos Trabalhadores Ativos, Aposentados e Pensionistas do Serviço Público Federal no Estado de Minas Gerais (Sindsep-MG), entidade que representa a categoria, e a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que administra os espaços. A proposição ainda precisa da chancela dos trabalhadores da unidade do HU no Bairro Santa Catarina.

O movimento, que aconteceu nacionalmente entre os funcionários da Ebserh, começou no último dia 21 em função da insatisfação dos trabalhadores com uma suposta recusa da empresa em negociar um novo ACT. O Sindsep, ao deflagrar a greve, ainda denunciou o que chamou de “descaso da empresa, que se recusa a negociar com os trabalhadores e ainda quer retirar direitos”. A entidade afirma que tentou, ao longo dos últimos três anos, chegar a um ponto comum com a administradora hospitalar, mas não teve sucesso.

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Nessa quinta-feira (29), no entanto, uma reunião entre as partes mediada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) em Brasília fez com que Sindsep e Ebserh chegassem a um acordo. “Nós chegamos a um ponto de pauta e, nesta sexta, a votação é para que os trabalhadores aprovem o que ficou acordado”, explica o diretor do Sindsep-MG, Valdinei Ferreira. “A empresa concordou em manter as cláusulas sociais, retirar da discussão a perda da insalubridade e enviamos para julgamento um índice de reajuste salarial”, afirma o líder sindical.

Em nota, o HU-UFJF informou que as cláusulas econômicas do acordo serão encaminhadas para julgamento pela Seção de Dissídios Coletivos do Tribunal Superior do Trabalho ainda neste mês. “Essas medidas possibilitarão o fim da greve e o célere desfecho do ACT”, afirma.

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De acordo com o diretor do Sindsep-MG, ficou definido o teto de até 20% de recomposição salarial. Os funcionários, que passaram pelos últimos três anos com vencimentos estagnados, pleiteavam 22,3% de acréscimo e a manutenção do pagamento do adicional de insalubridade sobre o salário base.

Paralisação causou suspensão de cirurgias

Em contato com a Tribuna, o HU confirmou que 26 cirurgias foram suspensas em Juiz de Fora por conta do movimento grevista. De acordo com a entidade, foram oito cirurgias suspensas no Centro Cirúrgico da Unidade Santa Catarina e 18 suspensões no Centro Cirúrgico da Unidade Dom Bosco. O movimento atingiu apenas os procedimentos eletivos, sem impacto naqueles emergenciais. Por determinação da Justiça do Trabalho, foi mantida a atuação do mínimo de 60% da equipe da assistência.

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O Sindsep também admitiu que o movimento iniciado na última semana impactou na suspensão de procedimentos cirúrgicos nas unidades do HU nos últimos dias. Segundo o diretor Valdinei Ferreira, a partir do sexto dia da greve foram reduzidos os números de leitos de internação e desativadas duas salas cirúrgicas, uma em cada unidade. Por outro lado, ele reafirmou que os atendimentos ambulatoriais e de urgência seguiram funcionando.

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