Uma confusão na Santa Casa de Misericórdia, envolvendo um policial penal, de 38 anos, que buscava atendimento para sua esposa, e mais três homens, com idades entre 34 e 55 anos, terminou em agressão na noite de quinta-feira (29).
Segundo informações do boletim de ocorrência, registrado pela Polícia Militar como lesão corporal, o policial contou que sua companheira havia dado à luz há poucos dias e estava com complicações na recuperação. Chegando à Santa Casa, ele seguiu até o balcão, solicitando às recepcionistas prioridade no atendimento, porque um médico teria dito a eles que poderia ser caso de trombose.
Ainda conforme o relato do policial à PM, uma funcionária teria dito não poder interferir na ordem dos atendimentos. Neste momento, outra mulher, que aguardava sua vez, teria permitido que a esposa do servidor público fosse atendida primeiro, mas a troca na posição de chegada dos pacientes teria sido negada pela colaboradora.
O policial acrescentou à PM que uma das enfermeiras de plantão teria percebido que sua mulher realmente necessitava de atendimento prioritário e a teria levado para a sala de triagem. No local, ele disse ter tentado fechar a porta para poder conversar com tranquilidade com sua esposa, quando dois homens o teriam impedido. Em seguida, eles o teriam agarrado pelo pescoço e cabeça, enquanto o terceiro o teria segurando pelo braço. O servidor público disse que, diante da agressão, se identificou como policial penal e deu voz de prisão a eles.
Já os homens citados relataram à PM que o policial teria se exaltado com as recepcionistas e que eles tiveram a intenção de retirar a mulher dele do meio de toda a confusão e tumulto. Na versão deles, a enfermeira-chefe teria se aproximado para dar apoio à esposa, enquanto o policial teria empurrado um dos envolvidos. Ainda segundo o registro da ocorrência, diversos funcionários da Santa Casa se aproximaram, devido ao tumulto causado, e tentaram acalmar o marido.
Conforme a PM, o policial e os três homens envolvidos receberam voz de prisão e foram liberados mediante assinatura de termo circunstanciado de ocorrência, ficando comprometidos a comparecer ao Juizado Especial Criminal quando forem intimados. Já a esposa do servidor recebeu atendimento no hospital, segundo a PM.
A Tribuna procurou a Santa Casa para comentar o caso, mas o hospital não se pronunciou até a publicação desta matéria.