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Moradora teme riscos por aproximação de casa com rede elétrica

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A aposentada Lúcia Helena Borges, 64 anos, convive com o medo da aproximação da sua casa com a rede elétrica, na Rua Joaquim Belmiro Pereira, na Vila Esperança II, Zona Norte de Juiz de Fora. Ela mora há 32 anos no mesmo endereço e alega que o poste usado para sustentar a fiação foi instalado rente à residência dela e dentro de seu terreno. Com seus netos de 2, 7, 16 e 17 anos na residência, a apreensão dela é que aconteça algum acidente, sobretudo no período chuvoso que se aproxima, porque o poste estaria inclinando em direção ao imóvel, por causa do peso do fio, que, segundo ela, poderia esbarrar no telhado de zinco e causar algum tipo de acidente, como iniciar incêndio ou eletrocutar alguém.

Moradora teme por algum acidente, sobretudo no período chuvoso que se aproxima (Foto: Arquivo Pessoal)

“Não tinha energia elétrica na esquina dessa travessa aqui do lado. Fincaram um poste e falaram que era para operadora de telefonia, tanto que os fios estão até cortando a parede. A Cemig já veio aqui umas oito vezes, falaram que estava perigoso, e eu pedi para colocarem afastador. Agora dizem que eu tenho que pagar pela obra. Estou indignada e com medo, porque é uma moradia emendada na outra, e meus netos ficam em casa. Não vou desmanchar a construção por causa desse fio e não posso ser responsabilizada por uma coisa que não fiz, porque não fui eu quem fincou esse poste”, esbraveja a aposentada.

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Depois de fazer uma série de reclamações e comparecer pessoalmente à Cemig, a moradora recebeu uma carta neste mês, na qual a companhia diz que ela deve pagar mais de R$ 10 mil para a realização de uma obra, “envolvendo a remoção de um poste e um vão de rede, além da intercalação de um poste novo para retirada da condição de risco”. A Cemig inicia a carta dizendo “Identificamos em sua obra civil situações que resultaram em condições inseguras em relação à nossa rede de distribuição. A regularização se faz necessária para garantir os afastamentos mínimos da rede de energia elétrica às edificações ou pontos de acesso exigidos pelas normas de distribuição da Cemig”.

Lúcia ainda registrou um boletim de ocorrência no dia 19 de agosto, dizendo que “colocaram um poste de energia dentro de sua propriedade, que está com a base danificada, correndo o risco de cair e eletrocutar alguma pessoa”. Ela completa que o problema se estende há mais de um ano, sem solução.

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Cemig enviou à Tribuna fotos da travessa onde está instalado o poste; a primeira, sem a casa, conforme a companhia, é de 2011. As outras duas são de agosto de 2021

Enquanto a aposentada afirma que a construção dela já estava lá do mesmo jeito antes do poste e que não tem condições de pagar pela intervenção, a Cemig informa que “após inspeção de segurança na região, identificou uma condição de risco de choque elétrico em função de uma obra realizada na residência da senhora Lúcia Helena, que se aproximou do poste e da fiação elétrica da rede da companhia”. A Cemig acrescenta que, para garantir a segurança, “será necessária a remoção do poste, e os custos são de responsabilidade da moradora que realizou a obra de ampliação da casa, invadindo o perímetro de segurança entre a construção e a rede elétrica”.

A Cemig destaca que as construções devem respeitar a distância mínima de 1,5m da rede de distribuição. E esclarece que o poste instalado no local pertence à companhia, “visto que a empresa não instala rede elétrica em postes de empresas de telefonia ou TV a cabo e que o poste está no local há vários anos”, conforme fotos enviadas à Tribuna.

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