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Edital para monitoramento do Olho Vivo deve ser lançado nesta semana

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O edital de licitação para contratação de empresa responsável pelo monitoramento das 54 câmeras do Olho Vivo deverá ser publicado nesta semana. O secretário de Segurança Urbana e Cidadania de Juiz de Fora, José Sóter de Figueirôa, informou à Tribuna, na última quinta-feira (27), que houve atraso, já que a previsão era de lançamento da concorrência até o fim de agosto. O contrato anterior terminou em 21 de julho e, no último mês, o acompanhamento das imagens em tempo real passou a ser realizado pela própria Polícia Militar. No entanto, como a atribuição é da Prefeitura, os militares só conseguem realizar o trabalho no horário comercial e de funcionamento bancário. Nos demais períodos, as câmeras do sistema permanecem operacionais, e as filmagens continuam sendo gravadas automaticamente com a supervisão da PM.

“De fato, houve atraso, porque a estimativa era final de agosto. Identificamos algumas distorções no processo anterior e precisamos fazer algumas correções”, justificou Figueirôa. “Mas o edital está para ser publicado semana que vem. Tivemos que especificar a mão de obra para videomonitoramento e detalhar o plano de trabalho. São 54 câmeras, e cada tela (de monitoramento) comporta nove imagens. Então precisamos de seis pessoas a cada seis horas. São quatro escalas, e ainda têm os finais de semana e feriados, então precisamos em torno de 30 pessoas.”
O secretário reiterou que, neste intervalo entre o fim de um contrato e o início do próximo, a PM continua em parceria fazendo o acompanhamento no horário de expediente. “Está nos ajudando muito, porque a responsabilidade é nossa.” A previsão, segundo ele, é de que a nova responsável comece a operar os equipamentos até o fim de setembro.

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Já sobre o funcionamento das 54 câmeras, Figueirôa informou que a empresa de Belo Horizonte contratada na última licitação para fazer a manutenção dos dispositivos tem comparecido sempre que solicitada para reparos, garantindo regularidade, conforme as demandas.

No ano passado, entretanto, as três câmeras do Olho Vivo instaladas para promover a segurança do Parque Halfeld chegaram a ficar inoperantes por pelo menos seis meses, voltando à ativa em outubro. A falha de algumas câmaras do Olho Vivo foi verificada em diversas regiões de Juiz de Fora em 2019, preocupando a população. O problema ocorreu em meio a processo licitatório, que se arrastou desde janeiro até a empresa vencedora do certame retomar a manutenção dos equipamentos. A ineficácia da vigilância eletrônica também foi detectada em 2017, quando o sistema ficou nove meses com 37 câmeras sem funcionar. Naquela época, somente em janeiro de 2018, o serviço voltou a operar integralmente.

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O Olho Vivo é uma iniciativa do Governo estadual, executada pela Polícia Militar de Minas Gerais em parceria com a Administração municipal. Os recursos para implantação do Olho Vivo em Juiz de Fora foram da ordem de R$ 5 milhões, provenientes do Estado. Com tecnologia de infravermelho, os aparelhos têm capacidade de gravar imagens em alta resolução, inclusive no período noturno, além de rotação de 360 graus, o que permite controle total de toda a área vigiada.

A estimativa é de que houve redução de pelo menos 30% na criminalidade do município após a implantação do programa. Os primeiros equipamentos entraram em fase de testes em julho de 2014, e, nos primeiros meses, já contribuíram para prisões e apreensões de armas e drogas.

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